Fitch eleva nota do Brasil, que fica a dois degraus do investment grade

Agência citou reformas feitas no país nos últimos anos e que governo Lula deve ser pragmático

Foto: Rafael Henrique/Reuters
Foto: Rafael Henrique/Reuters

A agência de classificação de risco de crédito Fitch elevou nesta quarta-feira (26) o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, de BB- para ‘BB, com perspectiva estável.

Em comunicado, a Fitch explicou que a mudança reflete desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado do país, mesmo diante de choques sucessivos nos últimos anos.

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A agência também citou “políticas proativas” e reformas e a expectativa de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais.

“Apesar das persistentes tensões políticas desde o rebaixamento de 2018, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais”, diz trecho do relatório.

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Embora tenha notado que a posição fiscal do país está se deteriorando em 2023, após uma melhora anterior, a Fitch afirmou esperar que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual.

A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB aumente, mas em um ritmo mais lento.

Documento cita reformas

O documento cita, ainda, reformas implementadas no país desde 2015, incluindo a previdenciária e a independência do Banco Central, além da reforma tributária, que está em andamento no Congresso.

No plano econômico, a Fitch considerou que, embora o governo do presidente Lula indique uma mudança na agenda econômica liberal dos últimos anos, é improvável que reveja reformas promulgadas nos últimos anos, como a reforma trabalhista e a privatização da Eletrobras.

A decisão da Fitch ocorre pouco mais de um mês após outra agência internacional de classificação de risco, a S&P, ter melhorado a perspectiva do rating brasileiro, hoje em BB-. de estável para positiva.

Na escala da Fitch, o Brasil está agora a dois degraus abaixo da faixa considerada de baixo risco de crédito, o chamado investment grade.

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