Haddad: Houve entendimento com Casa Civil sobre medidas de corte de despesas

Apesar de questionado, o ministro não confirmou quais serão as medidas, mas disse que será encaminhado por meio de uma proposta de emenda constitucional

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fernando Haddad, ministro da Fazenda do governo Lula Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que houve um entendimento ontem com a Casa Civil a respeito das medidas de corte de despesas.

Ele também disse que o conjunto vai endereçar a sustentabilidade do arcabouço fiscal no longo prazo.

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Apesar de questionado, o ministro não confirmou quais serão as medidas, mas disse que será encaminhado por meio de uma proposta de emenda constitucional.

“É uma fórmula que permite que esse impacto aconteça. É o impacto necessário para o arcabouço ser cumprido independentemente da dinâmica de uma rubrica ou não”, comentou.

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‘Convergência importante’

Sobre a reunião de ontem, disse que “houve uma convergência importante em torno de um princípio de reforçar o arcabouço fiscal.

Além disso, de “uma ideia que precisa ser trabalhada juridicamente, mas que entende a Fazenda”.

Fernando Haddad também não informou quando o pacote será anunciado.

Segundo ele, o trabalho, agora, será fazer ajuste de redação na proposta de emenda constitucional a ser enviada ao Congresso.

“Se encaminhar dessa maneira, deve entrar numa emenda constitucional”, falou.

Haddad reforçou necessidade de ‘caber no arcabouço fiscal”

“A dinâmica das despesas obrigatórias tem que caber dentro do arcabouço. A ideia é fazer com que as partes não comprometam o todo”.

“E o arcabouço tenha sustentabilidade de média e longo prazo, que é a dúvida do mercado”, falou Haddad aos jornalistas na saída da Fazenda.

Questionado sobre mudança em vinculações, se limitou a dizer que despesas precisam caber no arcabouço.

Fernando Haddad disse que ainda não houve conversas com o Congresso, já que somente ontem houve convergência.

Agora, haverá conversas com os líderes.

Sem erro em finanças públicas

“Ao lidar com finanças públicas, não pode errar”, respondeu o ministro ao ser questionado sobre uma eventual demora, apontada pelo mercado, na apresentação da proposta.

O ministro da Fazenda também confirmou, assim, que a meta de resultado primário este ano (déficit zero) será cumprida.

Além disso, que as projeções de arrecadação “continuam boas” e que o mês “termina bem” com o último relatório bimestral.

“Uma semana [a mais na apresentação da proposta] não vai prejudicar, pelo contrário, você melhora ainda mais”

“Até entendo a inquietação, mas tem gente especulando em torno de coisas”, respondeu Fernando Haddad.

No entanto, ao ser questionado sobre se o mercado está nervoso à toa, Haddad disse: “Espero que sim”.

“Entendo a inquietação, faz parte, o mundo está nervoso pela eleição nos EUA, desaceleração na China. Há vários elementos que estão compondo esse quadro”, avaliou.

Com informações do Valor Econômico

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