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Quem é Rubens Ometto, um dos empresários mais influentes do Brasil, que criticou a alta dos juros
Rubens Ometto Silveira Mello é um dos empresários mais influentes, e ricos, do Brasil. O fundador da Cosan (CSAN3) é dono de uma fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão (R$ 7,51 bilhões), de acordo com o ranking em tempo real da revista Forbes.
Nesta semana, Ometto questionou pessoalmente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a alta da taxa Selic. De acordo com o portal UOL, que promoveu um evento em Londres ao qual ambos compareceram, o executivo afirmou que os juros mais altos vão inibir investimentos.
Na visão de Rubens Ometto, menos investimentos levariam a queda na produção e o resultado final seria mais inflação. Contudo, Campos Neto discordou, segundo o relato, avaliando que o crédito garantiria a manutenção dos investimentos.
Mas quem é Rubens Ometto, o empresário que participa de rodas importantes na política e na economia, e que comanda algumas das maiores empresas do agronegócio brasileiro?
Quem é Rubens Ometto?
Rubens Ometto Silveira Mello nasceu em 24 de fevereiro de 1950, em Piracicaba, no interior de São Paulo. É formado em Engenharia de Produção e pós-graduado em finanças, com MBA em Gestão Empresarial pela FGV.
Antes da fundação da Cosan, ele trabalhou como assessor de diretoria do Unibanco, atual Itaú Unibanco, e diretor financeiro da Votorantim.
Nascido em uma família do setor sucroalcooleiro, Rubens Ometto se juntou ao negócio, de fato, em 1986. Foi o período em que as empresas dos Ometto passaram por grandes mudanças, aquisições e ampliações. Esse movimento foi concretizado em 2000, quando o Grupo Cosan foi oficialmente criado.
Dessa maneira, ele se tornou o “primeiro bilionário do etanol” em 2007, ano em que a empresa abriu seu capital na bolsa de Nova York. Dois anos antes, a empresa já havia feito o mesmo movimento no Brasil.
Hoje, Rubens Ometto exerce os cargos de presidente dos conselhos de administração da Cosan, da Rumo, da Compass e da Moove. Ele também é presidente do comitê de pessoas e nomeação da Cosan e CEO da Aguassanta Participações, que é a controladora da empresa.
Os negócios de Rubens Ometto
A holding Cosan expandiu seus negócios. Em 2008, a empresa comprou os ativos da ExxonMobil no Brasil, entrando no segmento de distribuição de combustíveis e lubrificantes. Nasceram a Rumo (RAIL3), no segmento de logística, e a Radar, empresa com foco em gestão de terras.
Três anos depois, em 2011, é a vez da Raízen (RAIZ4), uma joint venture entre a Cosan e a Shell. A empresa atua na produção de açúcar e etanol e na distribuição de combustíveis. Em 2012, a Cosan assume o controle acionário da Comgás, a maior distribuidora de gás natural do país.
Em 2022, a Cosan comprou uma participação minoritária na Vale (VALE3). A empresa também ampliou seus negócios diante de políticas de privatização de estatais. O grupo adquiriu a Sulgás, distribuidora de gás do Rio Grande do Sul, e se tornou controla da Commit, antiga Gaspetro.
Reportagem da Inteligência Financeira falou sobre a recente dança das cadeiras nas empresas do grupo Cosan e tratou das expectativas para o rumo das ações de CSAN3, RAIZ4 e RAIL3.
Maior doador das eleições de 2024 e integrante do ‘Conselhão’
A conversa com Roberto Campos Neto em Londres está longe de ser a única conexão política de Rubens Ometto. Como pessoa física, Ometto foi o maior doador de recursos para campanhas eleitorais e partidos nas eleições de 2024.
Ao todo, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário doou R$ 18,6 milhões, distribuídos entre 211 candidaturas. Rubens Ometto apoiou candidatos de diferentes partidos políticos, do PL ao PT.
O maior beneficiário, no entanto, foi o prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Ometto doou R$ 2 milhões ao candidato, que derrotou Bruno Engler (PL) no segundo turno no último domingo (27).
Ainda na seara da política, Rubens Ometto é uma das 245 pessoas da sociedade civil que aceitaram compor o chamado “Conselhão” do governo federal. Em maio, Ometto participou de um encontro e pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o país se posicione “como uma potência verde”.
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