Juros nos EUA estacionam em 5,25% a 5,50% com Fed inabalável na missão de controlar inflação

Manutenção da taxa pela 7ª reunião seguida já era esperada pelo mercado financeiro

Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters
Agente do mercado financeiro acompanha discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Foto: Brendan McDermid/Reuters

Pela 7ª vez consecutiva, o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) manteve os juros nos EUA no intervalo de 5,25% a 5,50%. A decisão desta quarta-feira (12) já era esperada pelo mercado financeiro.

Segundo o comunicado, a decisão unânime pela manutenção dos juros se deu porque a atividade econômica continua a se expandir. Assim como o mercado de trabalho segue aquecido e o desemprego baixo.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Portanto, as autoridades não acham apropriado “reduzir os juros até obter mais confiança de que inflação está indo para meta de 2% de forma sustentável”. Porém, as autoridades ressaltam que os riscos para se atingir a meta de emprego e inflação do Fed estão mais equilibrados.

O comunicado do BC americano reitera que o comitê está fortemente empenhado em levar a inflação para meta de 2%. E que o Fed continuará dependente de dados, monitorando as implicações das novas informações para o cenário econômico.

Últimas em Economia

Vai ter corte em setembro?

Os dirigentes do Federal Reserve (Fed) estão divididos entre a expectativa de um e dois cortes de juros de 0,25 ponto percentual em 2024. Conforme mostra o gráfico de pontos, que detalha as projeções para os juros dos 19 membros presentes na reunião de hoje do banco central.

Segundo o gráfico, oito dirigentes esperam dois cortes, o que levaria a taxa dos Fed Funds à faixa de 4,75% e 5%. Sete membros do comitê, porém, projetam apenas um corte de 0,25 ponto, enquanto quatro esperam manutenção dos juros no nível atual.

Nas últimas projeções publicadas pelo Fed, apenas dois dirigentes afirmaram não esperar nenhum corte de juros em 2024.

Para 2025, nove dirigentes do Fed esperam que os juros terminem o ano que vem na faixa de 4,0% e 4,25%, enquanto quatro esperam juros de 4,25% a 4,5%.

Já em 2026, o cenário mais provável segundo sete membros do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) é de juros no intervalo de 3,0% a 3,25%.

Por fim, no longo prazo (que indica a expectativa de taxa neutra da economia), cinco dirigentes se concentram na expectativa dos juros em 2,5%, enquanto quatro veem a taxa em 3,0%.

Powell: ‘Ainda não temos confiança suficiente’

Segundo o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, os dados da economia dos Estados Unidos ainda não deram aos membros do banco central confiança suficiente de que a inflação está caindo à meta de 2% de forma sustentável. E, portanto, que um ciclo de cortes de juros pode começar.

“A inflação desacelerou substancialmente, mas ainda está muito alta”, afirmou Powell durante seu discurso na tradicional coletiva de imprensa que se segue à decisão de juros do Fed. De acordo com ele, os números do CPI de maio, divulgados hoje, são “bem-vindos” e os membros do Fed esperam por mais dados assim.

Powell avaliou que o ritmo de crescimento da economia americana ainda é sólido, ainda que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha moderado no primeiro trimestre de 2024. “A perspectiva econômica é incerta e continuaremos atentos aos riscos inflacionários”, afirmou.

O presidente do Fed ainda celebrou o reequilíbrio da oferta e demanda no mercado de trabalho. Segundo ele, o conjunto de dados mais recente indica que as condições do mercado de trabalho voltaram a patamares próximos do começo da pandemia, que indicavam um emprego “relativamente apertado, mas não sobreaquecido”.

“O ritmo de crescimento do emprego desacelerou, mas ainda é forte”, disse Powell, que ainda afirmou que a taxa de desemprego segue baixa, apesar do aumento modesto nos últimos meses.

Com informações do Valor Econômico

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS