Entenda por que o Wells Fargo projeta o Brasil como campeão da Copa do Mundo

Modelos estatísticos do banco também colocam Argentina e Espanha no páreo

Copa do Mundo 2022: Torcedores do Brasil nas ruas de Doha, no Catar. Foto: Hamad I Mohammed/Reuters
Copa do Mundo 2022: Torcedores do Brasil nas ruas de Doha, no Catar. Foto: Hamad I Mohammed/Reuters

Antes do início da Copa do Mundo de futebol, os modelos estatísticos e quantitativos das grandes instituições financeiras internacionais, que são tradicionalmente utilizados para tentar antever os movimentos dos ativos, começam também a ser utilizados para projetar a probabilidade de sucesso ou fracasso das seleções no mundial. De acordo com as projeções do banco americano Wells Fargo, o Brasil deve se sagrar hexacampeão mundial de futebol no Catar.

“A metodologia é muito semelhante ao tipo de quadro de pontuação que aplicamos para identificar países, bem como moedas e dívida soberana, que podem ser vulneráveis a determinados cenários econômicos globais”, afirmam os economistas Brendan McKenna, Jessica Guo e Nick Bennenbroek.

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A estrutura do Wells Fargo inclui 23 indicadores projetados para capturar a força de cada equipe antes do início do torneio. Há a subdivisão dessas variáveis em diversos segmentos, com cada um sendo construído para medir diferentes atributos de cada equipe.

O banco avalia a classificação atual de cada equipe e como essas classificações mudaram em um período específico de tempo. Também há a tentativa de determinar o momento de cada equipe antes do torneio, analisando os últimos 10 jogos disputados por cada seleção nacional. “No agregado, esse segmento da análise nos dá uma noção de quão bem ou mal um time está jogando no momento”.

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Há também análise sobre o histórico das equipes disputando grandes torneios, entrosamento dos jogadores e avaliação individual dos atletas de casa seleção. “Também adicionamos o valor de mercado de transferência atual de cada jogador em nossa estrutura como um indicador adicional da eficácia potencial do jogador. Em teoria, quanto maior o valor de transferência de um jogador, mais produtivo ele deve ser em campo”, apontam.

“Quando somamos a pontuação total de cada seleção, nossa análise revela que o Brasil erguerá seu sexto troféu da Copa do Mundo em Doha. A combinação da força atual do time brasileiro, momento de jogo, histórico de torneios, bem como o conjunto de habilidades gerais de sua lista é impressionante o suficiente para ser coroado campeão nas finais da Copa do Mundo em 18 de dezembro”, projetam os economistas.

Apesar da expectativa de que a Seleção vença o torneio, o caminho deve ser bastante desafiador, afirma o Wells Fargo. “Vencer não será fácil para o Brasil. De acordo com nosso framework, o Brasil é o melhor time em campo; no entanto, também identificamos Argentina e Espanha como a segunda e terceira melhores seleções do torneio, respectivamente”, apontam.

A análise do banco sugere que o Brasil é melhor do que a Argentina pela menor margem possível, e a Espanha não aparece muito longe dos sul-americanos. Como estão todos do mesmo lado da chave, isso significa que o Brasil terá que vencer Espanha e Argentina para chegar à final.

“De acordo com nosso modelo, o confronto Brasil x Espanha ocorrerá nas quartas de final, enquanto o Brasil enfrentará a Argentina nas semifinais. E enquanto o Brasil leva uma pequena vantagem, o resultado da partida contra a Argentina está longe de ser certo, já que a seleção argentina tem atributos que tornam a vitória argentina totalmente possível”, afirmam.

O modelo do Wells Fargo aponta que, ao vencer a Argentina na semifinal, o adversário do Brasil na final será a Alemanha, que deve derrotar os atuais campeões do mundo, a França, na outra semifinal.

“Nosso modelo sugere que a diferença de força entre Brasil e Alemanha é grande o suficiente para que a partida seja emocionante e divertida, mas o Brasil deve vencer com bastante facilidade. Nossa análise também indica que o Brasil pode ter mais dificuldade para vencer a Espanha e a Argentina nas primeiras rodadas do torneio do que contra a Alemanha nas finais”, concluem.

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