Empresas de tecnologia demitiram mais em 2022 do que no auge da pandemia
Empresas de tecnologia estão demitindo funcionários em um ritmo mais acelerado do que em qualquer momento da pandemia em 2020, de acordo com levantamento do site Layoffs.fyi.
Coletivamente, as empresas cortaram mais de 150 mil vagas em 2022, diz o site. Em comparação, durante o momento mais crítico da pandemia, entre março e dezembro de 2020, ocorreram 80 mil demissões. Em 2021 inteiro, foram 15 mil demissões, ou seja, cerca de dez vezes menos que no ano passado.
As estimativas do site, que não são oficiais, levam em conta a demissão de mais de 20 mil funcionários que as gigantes Meta e Amazon realizaram no ano passado. O número também inclui demissões de empresas menores.
Por anos, empresas de tecnologia aumentaram de forma agressiva sua força de trabalho em meio ao crescimento nas receitas e valores de ações. Muitas dessas empresas se beneficiaram da digitalização durante a pandemia.
Agora, essas mesmas empresas demitem funcionários, implementando congelamento em contratações, em meio ao movimento de corte de custos com a deterioração na economia americana.
Apesar do volume elevado de demissões, outro levantamento, do serviço de recrutamento ZipRecruiter, aponta que 79% dos funcionários demitidos encontraram novos empregos em até três meses.
Demissões em empresas de cripto decolam
De acordo com o Layoffs.fyi, o setor mais impactado por demissões em tecnologia é o de consumo, com 19.786 pessoas desligadas. Em segundo lugar no ranking, o setor de varejo aparece com 19.784 desligamentos, com o ramo de transportes em terceiro.
O setor de financeiro em tecnologia teve um aumento de 46% em demissões entre 2020 e 2022. Companhias ligadas ao mercado de criptoativos tiveram aumento brusco em desligamentos, com aumento de 91 demissões em 2020 para 7.969 em 2022.
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