Diesel sobe mais de 15% desde reajuste da Petrobras; saiba como impacta seu bolso

Frutas e hortaliças tendem a ficar mais caras com o aumento do combustível

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente à primeira quinzena de março e que já captou o reajuste de 25% do diesel anunciado pela Petrobras nas refinarias, mostra que o preço médio do combustível nas bombas dos postos disparou mais de 15% quando comparado aos primeiros dias do mês. No início da quinzena, o diesel comum vinha sendo vendido, em média, a R$ 6,043. Logo após o aumento feito pela petroleira, o combustível passou a ser distribuído nas bombas a R$ 6,977, um acréscimo de 15,5%. Já o diesel S-10 passou de R$ 6,120 para R$ 7,039, o que representa uma alta de 15%.

No balanço nacional, a região Norte registrou as maiores médias, tanto para o tipo comum quanto para o tipo S-10, vendidos a R$ 6,182 e R$ 6,296, respectivamente. Após a alta, os combustíveis foram encontrados a R$ 7,120 e R$ 7,223, acréscimos 15,2% e de 14,7% respectivamente. Já os preços médios mais baixos foram observados nos postos de abastecimento do Sul, a R$ 5,708 e R$ 5,713. O cenário pós aumento no preço dos combustíveis na região resultou em um aumento de 16,4% para o diesel comum (R$ 6,645); e de 17,4% para o tipo S-10 (R$ 6,705).

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Impacto no bolso

Além do efeito direto no orçamento de quem tem veículo movido a diesel, André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), explica que a disparada do combustível contribui para encarecer produtos e serviços. “Afeta toda a cadeia produtiva, o transporte rodoviário, o transporte nos grandes centros urbanos, já que pode pressionar o preço das passagens. Afeta ainda a produção de energia, já que o diesel é usado nas termelétricas. Tem um efeito indireto que é devastador para a inflação”, diz.

Um dos impactos mais “perversos”, na avaliação do economista, é no frete rodoviário, que acaba puxando a alta de alimentos “Nada chega nas cidades sem transporte e quanto menor é o valor do bem, maior tende a ser a influência do diesel no preço. Por exemplo, se você vai em uma feira livre, com itens de baixo valor, o aumento do frete vai acabar influenciando no encarecimento de frutas e hortaliças”, destaca Braz.

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