Citi vê cenário mais difícil em 2023

Banco, que teve lucro recorde no 1º semestre, diz que crescimento esperado para o ano que vem foi antecipado para este

Citi é um dos maiores bancos dos EUA - Foto: Divulgação
Citi é um dos maiores bancos dos EUA - Foto: Divulgação

As medidas do governo para injetar liquidez na economia e o fato de o Banco Central (BC) ter feito o movimento de alta de juros antes que outros países anteciparam para este ano o crescimento que se esperava para 2023. Assim, os números têm vindo melhores que o esperado, mas isso aumenta o desafio para o próximo ano, afirma o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon. O banco teve lucro recorde de R$ 963 milhões no primeiro semestre, com expansão anual de 56%.

Para Marangon, o fato de o BC brasileiro ter saído na frente gerou uma dinâmica positiva para a economia doméstica, pois a inflação está desacelerando. Mesmo com a volatilidade eleitoral, o executivo espera um segundo semestre com atividade melhor que o primeiro. A conta virá mais adiante. O banco estima expansão de 2% no PIB deste ano, mas de apenas 0,3% no próximo. “O crescimento que se esperava que viesse no começo de 2023 está se antecipando, o que obviamente leva a uma perspectiva mais desafiadora para 2023”, diz, em entrevista ao Valor.

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Ainda assim, Marangon afirma que o Brasil pode ter um momento de otimismo no começo de 2023. Segundo ele, seja quem for o vencedor das eleições presidenciais, o novo governo deve começar com uma perspectiva melhor de disciplina fiscal, há possibilidade de retomada das reformas, ainda haverá um efeito das medidas de estímulo fiscal adotadas neste ano e, no contexto internacional, deve haver maior clareza sobre os rumos da política monetária nos países desenvolvidos.

A duração disso vai depender, no entanto, das políticas econômicas adotadas pela próxima administração. Marangon diz que o mercado financeiro tem ouvido interlocutores dos principais candidatos, mas não há muita clareza. “A gente está muito no começo do processo, as campanhas estão começando formalmente agora. A gente precisa de uma clareza, transparência, uma assertividade maior no plano econômico para os próximos quatro anos”, afirma.

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