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Campos Neto contra a redução da escala 6×1: ‘Não vai ser colocando mais deveres a empregador que se irá garantir mais direitos a trabalhador’
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que “não vai ser colocando mais deveres para os empregadores que se irá garantir mais direitos para os trabalhadores” no país e reforçou que vê com preocupação o projeto de redução da escala 6X1.
Em evento voltado a empresários, em São Paulo, ele comentou sobre o mercado de trabalho e sobre a surpresa positiva com o comportamento do desemprego no país, que, segundo Campos Neto, é fruto das reformas trabalhistas. A proposta de mudança na jornada de trabalho, segundo ele, vai contra “ao que a gente produziu, que foi muito bom para o Brasil”.
Ainda sobre as reformas, afirmou em outro momento do evento que “o crescimento [do país] está relacionado às reformas que foram feitas no passado”, como a lei de liberdade econômica e a reforma trabalhista. “O Brasil fez reformas durante a pandemia. A gente não pode andar para trás nas reformas que já foram feitas e nem achar que fizemos reformas suficientes”, afirmou.
Em avaliação sobre o cenário brasileiro, ele disse que “quando a gente pega o fiscal do Brasil na ponta, [a situação] não está diferente do resto dos países”, mas que o país tem um ponto inicial pior, por causa da dívida mais alta, e tem um custo de carregamento mais alto. “Eu não acho que a realidade fiscal do Brasil é um desastre iminente. É possível fazer correções de rota”, afirmou durante o evento.
Sobre a atividade no país e a inflação, Campos Neto disse que o preço da energia “tem tido uma volatilidade de expectativa” por causa das bandeiras tarifárias, e que o setor de serviços ainda está forte. Ele apontou que as expectativas desancoraram bastante.
Com informações do Valor Econômico
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