Bolsas da Europa fecham em alta com suporte de dados positivos e Fed

As bolsas europeias fecharam em leve alta, apesar dos temores com dados econômicos fracos na China e nos EUA

Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)
Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)

As bolsas europeias fecharam em leve alta, ainda recebendo suporte do otimismo visto no fim da semana passada com dados positivos no continente, o que compensou os temores com dados econômicos fracos na China e nos EUA.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,34%, a 442,35 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,11%, a 7.509,15 pontos, enquanto o DAX, da bolsa de Frankfurt, avançou 0,15%, a 13.816,61 pontos, e o CAC 40, de Paris, ganhou 0,25%, a 6.569,95 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,49%, a 22.970,73 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, subiu 0,32%, a 8.427,00 pontos.

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Os índices europeus fecharam a semana passada em alta, depois de uma surpresa positiva no dado de produção industrial da zona do euro, que indicou alta de 0,7% em junho, superando com folga a expectativa de consenso, que era de avanço de apenas 0,1%. Além disso, as bolsas do continente também receberam suporte do otimismo com a possibilidade de que o Federal Reserve (Fed, o BC americano) reduza o ritmo de altas dos juros, após os dados mais recentes de inflação ao consumidor indicarem que os preços ficaram estáveis em julho, na comparação com o mês anterior.

Este otimismo com o Fed e com os dados europeus ajudou a compensar a preocupação com os dados fracos divulgados na China, com a produção industrial do país desacelerando inesperadamente em julho. O indicador apontou alta de 3,8% em relação a junho, de 3,9% da leitura anterior, contrariando as expectativas de consenso, que eram de recuperação da atividade industrial. Além do dado industrial, as vendas no varejo também desaceleraram, recuando a alta de 2,7% em julho, de 3,1% em julho.

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Já o Banco Popular da China (PBoC, o BC chinês) baixou as taxas de juros da linha de crédito de médio prazo (MLF) de um ano e também dos acordos de recompra reversa (repo) de sete dias.

“Parece que ninguém previa [o corte de juros do PBoC] e isso é bem compreensível. A demanda por crédito não está baixa por causa de juros elevados, mas sim por causa dos lockdowns causados pela covid, as incertezas no mercado imobiliário e o cenário global. Este corte de juros não mudará nada disso”, diz Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda, em nota.

Entre ações específicas, a companhia farmacêutica AstraZeneca fechou em alta de 2,33% após o anúncio de que o seu medicamento contra o câncer atrasou a progressão de um câncer em uma paciente em estágio avançado. Já a ação da empresa alemã do setor de energia Uniper subiu 4,03% após o operador do mercado de gás alemão anunciar nesta segunda-feira a escala de uma taxa de preço do gás aos consumidores, destinada a ajudar a Uniper e outras companhias do setor a enfrentar o aumento dos preços causado por cortes no fornecimento russo.

Apesar do avanço da ação da Uniper, as ações do setor de energia recuaram 1,32% no Stoxx 600, acompanhando o tombo nos preços do petróleo. O setor bancário – de maior peso no índice pan-europeu – também fechou em queda, recuando 0,47%, mas a maior parte dos setores do continente fecharam a sessão em alta.

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