Bolsas da Europa caem, acompanhando mau humor em NY, após dados de inflação nos EUA

O índice de referência da bolsa de Londres, o FTSE 100 recuou 1,17%; o DAX, de Frankfurt, caiu 1,59%, e o CAC 40, de Paris, cedeu 1,39%

Distrito financeiro de Londres (Andrea de Santis/Unsplash)
Distrito financeiro de Londres (Andrea de Santis/Unsplash)

As bolsas europeias apagaram os ganhos vistos no começo do dia e fecharam a sessão em queda acentuada, acompanhando o mau humor em Wall Street depois que os dados de inflação ao consumidor de agosto indicaram um avanço maior do que o esperado dos preços.

Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou o dia em queda de 1,55%, a 421,13 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, recuou 1,17%, a 7.385,86 pontos, o DAX, de Frankfurt, caiu 1,59%, a 13.188,95 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 1,39%, a 6.245,69 pontos. O FTSE MIB, de Milão fechou em queda de 1,36%, a 22.303,86 pontos, e o Ibex 35, de Madri, recuou 1,59%, a 8.064,00 pontos.

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Os índices acionários do continente operavam em alta moderada mais cedo, mas viraram para o vermelho depois que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano indicou uma inflação de 0,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, acelerando em comparação à leitura estável de julho e contrariando a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de queda de 0,1% nos preços. Na base anual, o CPI indicou alta de 8,3%, também acima das expectativas de consenso, de alta de 8,0%.

“Claramente, este resultado descarta qualquer conversa sobre o Fed potencialmente surpreendendo com uma alta de apenas 0,5 ponto percentual na semana que vem, mas ele não é calamitoso o suficiente para ver uma corrida em direção a uma alta de 1,0 p.p.”, diz James Knightley, economista-chefe internacional do ING, em nota.

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Após a divulgação dos dados, os futuros dos Fed Funds – usados pelos investidores para avaliar as apostas na política monetária do Federal Reserve (Fed) – apagaram as apostas em uma alta de juros de 0,5 ponto percentual na reunião da semana que vem, indicando uma probabilidade implícita de 18,0% de uma alta de 1,0 ponto percentual e de 82,0% de uma alta de 0,75 p.p. Até ontem, a probabilidade era de 91,0% de uma alta de 0,75 p.p. e de 9,0% de uma elevação de 0,5 p.p.

Entre os dados europeus, o CPI da Alemanha subiu 7,9% em agosto, na comparação com igual mês do ano anterior, acelerando em relação à leitura de 7,5% de julho. Já o índice de confiança econômica do Instituto Zew na Alemanha caiu para -61,9 em setembro, ante -55,3 em agosto, ficando abaixo da expectativa de consenso, de -58,0. O indicador para a zona do euro, computado também pelo Instituto Zew, caiu para -60,7 em setembro, de -54,9 em agosto, anotando a leitura mais baixa desde outubro de 2008.

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