Bancos não esperam queda da Selic até o terceiro trimestre

Pesquisa da Febraban indica que relaxamento monetário pode ocorrer apenas no quarto trimestre

Fachada da sede do Banco Central, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters
Fachada da sede do Banco Central, em Brasília (DF). Foto: Adriano Machado/Reuters

A Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas mostra que as instituições não esperam mais uma queda da taxa Selic no terceiro trimestre deste ano. Na edição anterior da pesquisa, feita em dezembro, a grande maioria (75%) via o Banco Central cortando os juros nas reuniões de agosto ou setembro. Agora, 55,5% esperam que o relaxamento monetário comece apenas no quarto trimestre (33,3%) ou depois (22,2%).

“O levantamento captou um certo pessimismo em relação à política monetária, com novo adiamento das expectativas quanto ao início da flexibilização”, diz a pesquisa.

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Para 55,6% dos entrevistados, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e a recente elevação das projeções de inflação alteraram de forma relevante sua expectativa para o início da flexibilização monetária e a taxa Selic terminal de 2023. Atualmente, os juros básicos da economia estão em 13,75% ao ano.

A grande maioria dos participantes (76,5%) estima que o juro real neutro da economia estaria em 5,0% atualmente, patamar superior ao utilizado nas hipóteses adotadas pelo Copom (4,0%) em suas estimativas.

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Para o câmbio, a expectativa é de que se mantenha próximo de US$ 5,30 até o fim do terceiro trimestre. Em relação ao PIB, a maioria dos participantes (55,6%) avalia que a atividade econômica irá crescer entre 0,5% e 1,0% em 2023. Os demais estão igualmente divididos (22,2%) entre um desempenho inferior ou superior ao do consenso.

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