Apagão cibernético pode ocorrer mais vezes, avalia professor de inovação do Insper

Falha envolvendo Microsoft não deve impactar a companhia na avaliação do especialista; entenda o motivo

Como impedir um novo apagão cibernético global? Para Marcelo Nakagawa, professor de inovação do Insper cada vez mais será importante a redundância. Foto: Getty Images

O apagão cibernético que parece ter alcance global nesta sexta-feira (19) pode ocorrer mais vezes. Seja por uma falha, como a que ocorre neste finzinho de semana, ou por algo mais maligno como um ataque cibernético. A avaliação é de Marcelo Nakagawa, professor de inovação do Insper.

Marcelo conta que já houve problemas mais específicos, como no caso de falhas no WhatsApp e na Meta, a empresa de Mark Zuckerberg que controla também o Facebook e o Instagram. Mas o especialista conta que “nessa escala, é inédito”.

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O problema global deriva segundo ele da interconectividade, não apenas entre empresas, mas entre softwares. Foi o que ocorreu. Uma empresa, no caso a CrowdStrike, esta conectada ao Windows da Microsoft. A empresa rodava uma atualização de segurança que parece ter dado errado. Foi o estopim para o problema se espalhar.

Assim, para Nakagawa, cada vez mais será importante a redundância.

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Marcelo Nakagawa é professor de inovação do Insper: Foto: Divulgação Insper

Ou seja, mecanismos que possam detectar o problema, evitar que ele se espalhe por outros sistemas, mantendo a falha controlada. É como o sistema de isolamento de um navio, acionado quando determinada área da embarcação sofre uma inundação e que evita que a água se espalhe de maneira generalizada. E afunde o navio.

“Curiosamente, foi (o problema) num sistema de segurança, de uma empresa que se chama CrowdStrike, houve um strike na multidão. É quase uma piada pronta”, disse o professor.

Impacto na imagem da Microsoft

O professor do Insper não acredita em impacto duradouro na imagem e para as ações da Microsoft.

Isso porque a companhia tem seu motor de crescimento fincado hoje na inteligência artificial (IA). “Não tem como viver sem a Microsoft”. No caso da CrowdStrike, a resposta não é tão assertiva. Pode haver um problema mais específico, segundo Nakagawa.

A entrevista para a Inteligência Financeira ocorreu logo após o desembarque do professor em São Paulo. Ele vinha de Buenos Aires. O voo atrasou cerca de uma hora. O comandante informou que havia um problema com um membro da tribulação, não mencionando qualquer relação com o apagão cibernético.

Mas… nunca se sabe, afinal, a falha desta sexta-feira atingiu também aeroportos.

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