Adiamento de viagem à China facilita apresentação do arcabouço fiscal, diz Galípolo

'Número dois' do Ministério da Fazenda, Galípolo diz que 'há espaço' para negociar exceções na reforma tributária

Gabriel Galípolo. Foto:  Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.
Gabriel Galípolo. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil.

O adiamento da viagem da presidente Lula à China deve facilitar o processo de apresentação do novo marco fiscal, afirmou nesta segunda-feira o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.

Em evento organizado pela Arko Advice, Galípolo não quis comentar sobre se o arcabouço poderia ser apresentado esta semana, mas notou que o adiamento da viagem permite fazer novas reuniões com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também cancelou sua ida a Pequim. O número dois da fazenda ainda comentou sobre a antecipação da discussão de meta da inflação e reforma tributária.

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O secretário-executivo afirmou ainda que o novo arcabouço fiscal precisa ser desafiador, mas crível. Segundo ele, o desafio estará nos parâmetros que serão definidos. “É preciso mostrar ao mercado que parâmetros vão controlar relação dívida/PIB”, disse.

‘Há espaço’, diz Galípolo sobre exceções na reforma tributária

Galípolo também comentou sobre a expectativa de aprovar a reforma tributária com regimes excepcionais dentro do modelo IVA, imposto de alíquota única que é base para o projeto do governo Lula. O executivo da Fazenda afirmou que a reforma vai simplificar e dar mais efetividade à arrecadação, mas que sua tramitação abrirá espaço para a discussão de exceções.

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“Sobre receitas novas, em nenhum momento discutimos elevar a carga fiscal. As medidas são para tornar arrecadação mais efetiva e combater evasão”, disse Galípolo.

Questionado sobre a dificuldade em angariar consenso para a aprovação da reforma, Galípolo disse que a adesão está grande no Congresso e que, mesmo diante da peregrinação de representantes de setores da economia à Brasília para pedir continuidade dos regimes especiais, a posição do governo é de “arrumar o todo”.

“Mas é claro que vai ter que existir espaço para alguma negociação” sobre exceções na reforma, ponderou.

Ainda em relação à tributação, Galípolo comentou que a exceção ao aumento da tributação ocorrerá sobre atividades não reguladas, como os sites de apostas na internet.

Secretário: governo não vai discutir meta de inflação antes da hora

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda reforçou que o governo não pretende adiantar a discussão sobre as metas de inflação, que ocorre tradicionalmente no encontro de meio de ano do Conselho Monetário Nacional (CMN).

O número dois da Fazenda ressaltou ainda a importância de manejar bem as expectativas do mercado financeiro. O tema foi colocado em discussão presidente da República, diz ele, e que, desde então, economistas renomados do mercado financeiro têm discutido a questão e se colocado em favor de uma mudança.

O secretário-executivo não quis tecer comentários sobre os nomes indicados para a diretoria do Banco Central. Ele apenas comentou que os nomes já estão com o presidente Lula.

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