Mercado hoje: Ibovespa fecha em alta próximo de retomar os 100 mil pontos; dólar recuou para R$ 5,20

Com viagem de Lula à China adiada, governo pode antecipar apresentação de novo mecanismo de controle de gastos

Agente financeiro acompanha desempenho de ativos na B3, a bolsa brasileira. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Agente financeiro acompanha desempenho de ativos na B3, a bolsa brasileira. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O setor bancário internacional e o arcabouço fiscal doméstico, que estão no radar do mercado há algum tempo, seguiram orientando o Ibovespa durante a sessão desta segunda-feira. O Ibovespa, em movimento de ajuste, fechou em alta de 0,83%, aos 99.652 pontos, chegando muito próximo dos 100 mil pontos ao longo do dia. O dólar fechou em queda de 0,83%, cotado a R$ 5,2065.

A melhora no humor dos mercados internacionais, a alta nas commodities e o espaço técnico para o índice avançar — semana passada terminou com queda de 3,09% e abaixo dos 100 mil pontos — foram fatores que ajudaram na retomada da bolsa brasileira.

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Amanhã o mercado vai olhar e repercutir o tom da ata do Copom, que será divulgada antes da abertura do pregão, às 9h.

Setor bancário

Na manhã desta segunda, a agência de notícias “Bloomberg” informou que autoridades dos Estados Unidos estudam novas formas de evitar uma crise bancária mais profunda no país e de tranquilizar o setor.

Entre as medidas analisadas, estaria a ampliação de mecanismos de empréstimos de emergência a bancos. A notícia dá alívio aos ativos de risco internacionais nesta segunda-feira, o que pode ajudar a bolsa brasileira.

Commodities

O comportamento das commodities também foi positivo durante o pregão.

Petróleo

Os contratos com entrega para maio de 2023 do petróleo Brent – utilizado como referência de preços pela Petrobras – fecharam em alta de 4,25% em Londres, a US$ 77,76 o barril, após seguidas quedas na última semana.

O petróleo disparou em movimento de recuperação após os preços terem atingido o menor nível desde 2021 na semana passada, em meio aos temores de que a crise bancária pese sobre o crescimento da economia global e, por consequência, sobre a demanda pela commodity energética.

Há exatamente uma semana, o petróleo havia atingido seu menor nível no mercado futuro desde dezembro de 2021, sob preocupações de que a crise dos bancos regionais americanos enfraqueça a atividade nos EUA e no mundo. Com os temores aliviados após a ação de entidades reguladoras, o petróleo e outros ativos de risco tiveram caminho livre para uma recuperação.

Minério de ferro

Depois da queda de mais de 8% vista na última semana, os preços do minério de ferro encerraram a segunda-feira com ganho moderado no mercado transoceânico, em meio às incertezas quanto a demanda de aço na China. Maior produtor mundial de aço bruto, o país asiático é também o maior consumidor da commodity.

No norte do país asiático, indica o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro avançou 0,5%, para US$ 121,65 por tonelada.

Com isso, a principal matéria-prima do aço passou a exibir perda acumulada de quase 2% em março. No ano, os ganhos estão em 3,7%.

Os contratos futuros mais negociados na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), com entrega em maio, encerraram a sessão diurna com ganho de 2,2%, para 873,50 yuan (US$ 120) por tonelada.

Arcabouço fiscal

Mesmo com o cenário positivo no exterior, porém, as incertezas internas podem limitar os ganhos do Ibovespa. Agentes econômicos seguem atentos às conversas sobre o novo arcabouço fiscal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode antecipar a apresentação da âncora após adiar a viagem à China em razão de uma pneumonia. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse hoje pela manhã que o arcabouço teve receptividade muito positiva do Congresso, e que Lula decidirá quando o projeto será divulgado.

Mercado Europa

Os principais índices europeus fecharam em alta nesta segunda-feira, também tomados pelo otimismo internacional e impulsionados, especialmente pela recuperação do Deutsche Bank, após quedas de 8% na última sexta-feira diante de rumores após aumento de sua nota de risco.

  • Stoxx 600: +1,05%
  • Stoxx Banks: +1,69%
  • DAX (Frankfurt): +1,14%
  • FTSE 100 (Londres): +0,90%
  • CAC 40 (Paris): +0,90%

Entre os destaques do setor bancário, o Deutsche Bank valorizou 6,15% na bolsa de Frankfurt, seguido pela alta de 3,76% do Commerzbank. Já em Londres, o Barclays fechou em alta de 2,32%. Já o francês BNP Paribas avançou 2,62%.

Por fim, na bolsa de Zurique, o Credit Suisse terminou o dia em alta de 0,53%, atrás do ganho de 1,07% do UBS. Além disso, eles ponderam que os bancos europeus não enfrentam movimentos de saída tão fortes nos depósitos.

Taxas de juros futuros

No íncio da tarde, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 oscilava de 13,085% do ajuste de sexta-feira para 13,06%; o DI para janeiro de 2025 passava de 11,95% para 11,88%; o DI para janeiro de 2026 recuava de 11,99% para 11,91%; e o DI para janeiro de 2027 caía de 12,255% para 12,145%.

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