Mercado hoje: Ibovespa fecha semana em queda firme com pressão externa e expectativa por arcabouço fiscal; dólar avança

Situação financeira internacional e China também estão no radar dos investidores

Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters

Após uma semana em que os mercados foram movidos pelas notícias vindas do exterior, nesta sexta-feira (17) o Ibovespa voltou o foco aos acontecimentos domésticos, especialmente pela a expectativa do novo arcabouço fiscal. Hoje também foi dia de vencimento de opções sobre ações na B3, o que costuma causar algum desequilíbrio no índice.

A partir da metade o pregão, os mercados externos, com a situação bancária internacional e as notícias vindas da China também fizeram preço na bolsa brasileira.

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Sendo assim, o Ibovespa fechou o dia em queda de 1,40% (pós ajuste), aos 101.982 pontos. Já o dólar fechou em alta de 0,59%, cotado a R$ 5,2700.

No acumulado da semana, o principal índice da bolsa acumulou perdas de 1,58%, enquanto o dólar avançou 1,20% no período, com muita oscilação nos últimos cinco dias.

Em Nova York, S&P 500 caiu 1,10%, aos 3.917 pontos, Dow Jones recuou 1,19%, para 31.862 pontos, e Nasdaq perdeu 0,74%, aos 11.631 pontos.

Arcabouço fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne hoje com integrantes do governo para discutir a nova regra fiscal.

De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, Lula teme ser acusado de estelionato eleitoral e assessores do Planalto acreditam que o presidente deve modificar partes do projeto apresentado caso ele inclua contenção de despesas que possa afetar investimentos em programas sociais e obras.

A âncora fiscal é vista como um dos temas domésticos mais importantes para investidores neste início de ano.

Setor financeiro internacional

Embora o pregão de ontem tenha sido de mais tranquilidade em relação à turbulência financeira internacional – com resgates para o Credit Suisse e para o First Republic Bank – hoje o tema segue no radar.

A ação do Credit Suisse opera novamente com queda firme na Europa, enquanto investidores analisam se as medidas recentes serão suficientes para conter o volume de saques na instituição.

China

Ainda na cena externa, o Banco do Povo da China (PBoC) reduziu o compulsório dos bancos locais em 0,25 ponto porcentual para tentar estimular a economia do país.

As medidas podem se refletir sobre mercados emergentes e commodities.

O país ainda investiga casos de peste suína e pode retomar a importação de carne bovina brasileira, suspensa desde fevereiro, quando um boi do rebanho brasileiro morreu de “doença da vaca louca”.

O presidente Lula visitará a China na próxima semana e este é um assunto que está na pauta dos dois presidente.

Commodities

O minério de ferro fechou em alta de 0,4% na bolsa de Dalian, aos 915 yuans (cerca de US$ 133) a tonelada.

O petróleo Brent com entrega para maio – utilizado pela Petrobras como referência na precificação – fechou em queda de 2,32%, a US$ 72,97 o barril.

O ouro com contrato para abril fechou em alta de 2,63%, a US$ 1.973,50 por onça-troy.

Mercado Europa

Os principais índices acionários do continente europeu encerraram esta sexta-feira (17) em queda, impulsionados principalmente pelo recuo em papéis de bancos. Mesmo após o anúncio de suporte para o Credit Suisse pelo Banco Nacional da Suíça (SNB), agentes do mercado seguem preocupados com o futuro do setor financeiro, operando, assim, com maior cautela.

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 1,21%, a 436,31 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, teve perda de 1,33%, a 14.768,20 pontos e o FTSE 100, de Londres, registrou queda de 1,01%, a 7.335,40 pontos. O francês CAC 40 contabilizou recuo de 1,43%, a 6.925,40 pontos.

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