Mercado hoje: Ibovespa fecha em alta repercutindo inflação e varejo; dólar cai

O IGP-10, dado de inflação dos primeiros dez dias de maio, recuou 1,53% indicando deflação mais rápida do que se esperava

Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters

O Ibovespa operou de olho no cenário fiscal, na repercussão das ações da Petrobras – após a mudança na política de preços – no andamento do arcabouço fiscal na Câmara e nos dados do varejo. No exterior, as negociações para elevação do teto da dívida pública nos Estados Unidos seguiram no radar.

O principal índice da bolsa brasileira fechou o pregão em alta de 1,14%, aos 109.424 pontos, enquanto o dólar fechou em queda de 0,20%, aos R$ 4,9339, após trocar algumas vezes de sinal.

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Vale lembrar que hoje foi dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa, acrescentando volatilidade aos negócios, principalmente pela manhã.

O volume de vendas do varejo encerrou o mês de março com crescimento de 0,8% frente a fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) nesta quarta-feira (17), realizada pelo IBGE. O setor fechou o primeiro trimestre de 2023 com alta de 2,4% comparado com o mesmo período de 2022.

Na comparação com março do ano passado, o volume do varejo cresceu 3,2%, enquanto o avanço de receita do setor no agregado de 12 meses foi de 1,2%. O IBGE atribuiu a alta à expansão da categoria de equipamentos de escritório, informática e comunicação e farmácia e medicamentos. Os móveis e eletrodomésticos surpreenderam e, mesmo com juros altos, cresceram na pesquisa.

Deflação

O Índice Geral de Preços – 10, IGP-10, registrou deflação de 1,53% em maio, após queda de 0,58% no mês anterior. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pela FGV. Com o número de hoje, o indicador acumula deflação de 1,99% no ano e de 3,49% em 12 meses.

Em maio de 2022, o índice subiu 0,10%.

A queda do IGP-10 foi maior do que a prevista pelo mercado, que projetava 1,25%.

Para o coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, foi a maior deflação entre as taxas mensais da série histórica, iniciada em 1993.

“Nesta apuração, o IGP-10 registrou a maior deflação entre as taxas mensais e interanuais, desde setembro de 1993, quando iniciou a sua série histórica. O aprofundamento da deflação do IPA [-2,25] foi impulsionado pelo comportamento dos preços do minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), da soja (de -7,63% para -10,41%) e do milho (de -2,61% para -12,48%)”, disse o economista.

Commodities

O petróleo Brent – referência de preço para a Petrobras – opera em alta de 1,23%, negociado em Londres a US$ 75,83 o barril.

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