Mercado hoje: Ibovespa acompanha exterior e cai; dólar fecha estável
No cenário local, investidores repercutiram IPCA-15 melhor que o esperado
Após abrir a sessão em alta, o Ibovespa não suportou a pressão do exterior e fechou em queda nesta terça-feira (27). O índice acionário caiu 0,68%, para 108.376 pontos e emendou o terceiro pregão consecutivo de quedas. Já o dólar recuou 0,04% ante o real, negociado a R$ 5,3772, bem longe da mínima do dia de R$ 5,2972, atingida pela manhã.
A virada seguiu a piora nos índices dos Estados Unidos, que também abriram em alta, mas perderam força no meio do pregão. Pesa também o fechamento no vermelho dos principais índices da Europa
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No cenário local, investidores repercutiram dados positivos de inflação no Brasil. Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve uma deflação de 0,37% em setembro. O resultado foi melhor que o mercado esperava. A mediana das projeções de 33 consultorias e instituições financeiras consultadas pelo Valor Data apontava expectativa de deflação de 0,22%.
O mercado ligou os dados de inflação à ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central). No documento, os membros do grupo disseram que é preciso avaliar o impacto da alta da Selic na inflação. Como a prévia do IPCA mostrou dados positivos hoje, os investidores ficaram animados.
Os juros futuros encerraram a sessão em queda ao longo de toda a estrutura a termo da curva. Mesmo com um ambiente externo ainda bastante avesso aos ativos de risco, as taxas devolveram parte dos prêmios embutidos recentemente, ajudadas pela surpresa positiva com o IPCA-15 e com os investidores avaliando a ata da última reunião de política monetária do Banco Central.
No horário de encerramento da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 passava de 12,95% para 12,78%; a do DI para janeiro de 2025 recuava de 11,825% para 11,58%; a do DI para janeiro de 2026 caía de 11,69% do ajuste anterior para 11,47%; e a do DI para janeiro de 2027 passava de 11,69% para 11,51%.