Dólar recua ante rivais com da expectativa de manutenção nos juros pelo Fed

Dados indicando arrefecimento no mercado de trabalho dos EUA consolidaram expectativa de manutenção nos juros pelo Fed

Conheça as aristocratas dos dividendos, ações pagam dividendos crescentes há décadas -  Foto: Lisa Marie David/Reuters
Conheça as aristocratas dos dividendos, ações pagam dividendos crescentes há décadas - Foto: Lisa Marie David/Reuters

O dólar recuou hoje ante rivais, à medida que dados indicando arrefecimento no mercado de trabalho dos EUA consolidaram expectativa de manutenção nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na semana que vem. Entre emergentes, a lira chegou a renovar mínimas históricas, porém, se recuperou ante a moeda americana durante o pregão.

Por volta das 17h (de Brasília), o dólar recuava a 138,94 ienes e a libra tinha alta a US$ 1,2559. O DXY registrou queda de 0,73%, a 103,343 pontos.

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O dólar começou a sessão em queda modesta, mas ampliou perdas após o Departamento do Trabalho dos EUA revelar aumento acima do esperado nos pedidos de auxílio-desemprego. Segundo o Jefferies, os dados representam etapas iniciais de resfriamento do mercado de trabalho americano.

A proximidade entre o lançamento do relatório e a decisão monetária do Fed, a ser divulgada em 14 de junho, suporta a possibilidade de dirigentes manterem os juros básicos na faixa atual, avalia a Oanda, o que tende a diminuir a atratividade do dólar. Contudo, a moeda americana deve ganhar força no próximo semestre, caso o Fed volte a elevar os juros em julho, pondera o CIBC Economics.

Ainda no radar, o euro avançou a US$ 1,0782. Hoje, a Eurostat informou que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro contraiu 0,1% no primeiro trimestre, confirmando recessão técnica no bloco. Apesar disso, analistas continuam projetando que o Banco Central Europeu (BCE) deve elevar novamente os juros até um nível suficientemente restritivo para controlar a inflação. Na visão do Danske Bank, uma alta de 25 pontos-base nos juros já foi “bem telegrafada”, por isso a reação nos mercados pode ser contida.

Para o ING, a redução na volatilidade dos mercados de câmbio aponta que os investidores “provavelmente acreditam” que os juros de BCs das principais economias não devem ter movimentações bruscas até o final do ano, apresentando talvez só alguns ajustes para cima. Este cenário favorece o comércio de moedas emergentes, beneficiando o peso mexicano, analisa o banco.

Entre emergentes, a lira turca voltou a renovar mínimas históricas ante o dólar, diante de especulações de que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, planeja adotar uma política econômica mais convencional. A moeda emergente, porém, reduziu a maior parte das perdas e passou a avançar contra a moeda americana. No final da tarde, o dólar recuava a 23,0932 liras turcas.

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