CEO da Americanas (AMER3): estamos procurando retomar valor do ativo

Novo CEO da Americanas, Leonardo Pereira compareceu ao Senado para esclarecer dúvidas sobre a recuperação judicial da varejista

CEO das Americanas, Leonardo Coelho Pereira, durante audiência do Senado Federal na CPI da Americanas. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
CEO das Americanas, Leonardo Coelho Pereira, durante audiência do Senado Federal na CPI da Americanas. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O presidente da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho Pereira, afirmou que a empresa está fazendo de tudo para continuar operando e com foco na manutenção de emprego. Ele disse que chegou à varejista para reestruturar a companhia e que compreende o tamanho da crise.

“Intenção era fazer um plano para manutenção de empregos, pagamento de impostos e manutenção do impacto social. Não houve nenhuma demissão em massa. Estamos procurando formas para retomar o valor do ativo”, afirmou Pereira.

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CEO Americanas diz que plano de RJ da companhia é melhor

O atual CEO da Americanas explicou a ideia de deixar fora do plano de recuperação judicial os credores menores. “Nosso plano de RJ, comparado a outros no varejo, é muito melhor. Foi construído com várias mãos. Tentamos tirar do plano de RJ os credores menores, que são os mais machucados com esse processo. Plano é complexo, para um problema complexo, e é natural que credores tentem se ajustar para ganhar alavancagem”, afirmou o presidente.

Pereira também falou sobre a dificuldade de conseguir empréstimos com instituições financeiras após o rombo contábil, mas destacou que a empresa tem ativos para se desfazer. “Não existe mais capacidade de levantar recursos no sistema financeiro com a situação de hoje. Americanas tem ativos, como Hortifruti, que faziam sentido no passado, e hoje não faz mais sentido”, disse Pereira.

‘Não estou fugindo da responsabilidade da investigação’, diz CEO

Durante sua fala, ele foi interrompido por membros da CAE, que questionaram a transparência dos números da companhia.

“A única forma de se fazer uma recuperação judicial equilibrada é partir da capacidade de geração de valor da empresa e distribuir a máxima capacidade de repagamento da riqueza gerada para benefício dos credores”, disse Pereira. O presidente destacou que a empresa está tentando aumentar a capacidade de pagamento para os credores.

O presidente destacou que deve aguardar os resultados das investigações para se pronunciar sobre o caso. “Eu não estou fugindo da responsabilidade da investigação. Vou tratar quando tiver o resultado. Mas se eu não me preocupar 100% do meu tempo com a transformação dessa operação, provavelmente, quando chegarmos ao final da investigação, não terá uma empresa para sobreviver”, disse Pereira.

Durante a audiência no Senado, as ações da Americanas tinham alta de 0,99%, cotadas a R$ 1,02.

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