Haddad descarta subir IOF para conter alta do dólar e vê ‘acomodação’ no câmbio

Ministro da Fazenda afirmou também que a prioridade do governo federal para este início de ano é aprovar o Orçamento de 2025

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que não existe a possibilidade de o governo federal elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para conter a alta do dólar.

A afirmação foi feita aos jornalistas na chegada ao Ministério da Fazenda, em Brasília, depois de ele ser questionado sobre o assunto.

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“Tem um processo de acomodação natural [do câmbio]”, disse. “Houve um estresse no fim do ano passado no mundo todo e aqui também no Brasil.”

Haddad afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deu declarações nesta segunda-feira “moderando propostas feitas ao longo da campanha” eleitoral.

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“É natural que as coisas se acomodem, mas não existe discussão sobre mudar o regime cambial no Brasil e nem de aumentar imposto com esse objetivo”, disse. “Estamos recompondo a base fiscal do Estado brasileiro pelas propostas que estão sendo endereçadas pelo Congresso Nacional.”

Prioridade é votar Orçamento

O ministro da Fazenda afirmou também que a prioridade do governo federal para este início de ano é aprovar o Orçamento de 2025.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) deste ano ainda está em tramitação no Congresso.

“A prioridade agora é votar o Orçamento”, disse a jornalistas na chegada ao Ministério da Fazenda, em Brasília.

Haddad participou pela manhã de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto.

Apesar de eleger o texto como prioridade, o ministro destacou que a falta de aprovação não gera neste momento nenhum tipo de restrição para a execução dos gastos.

Isso porque existe uma regra que estabelece que, sem a aprovação, a execução mensal se limita a 1/12 do Orçamento.

Além disso, “no começo do ano há sempre uma execução mais lenta [do Orçamento]”.

Haddad afirmou, no entanto, que será preciso discutir com o relator do PLOA “para ajustar o Orçamento às perspectivas do arcabouço fiscal e das leias aprovadas no fim do ano passado”.

Com informações do Valor Econômico

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