O não do Fed o mercado já tem; mas não custa nada sonhar com a queda dos juros nos EUA

Semana tem decisões de política monetária, início da temporada de balanços no Brasil e resultados das big techs americanas

Foto: Javier Ghersi/Getty Images
Foto: Javier Ghersi/Getty Images

A primeira Super Quarta de 2024 é o principal destaque do calendário econômico de 29 de janeiro a 2 de fevereiro.

Simultaneamente às decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, as atenções dos agentes financeiros estarão voltadas aos balanços do quarto trimestre de 2023.

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Por aqui, o Santander abre a temporada de resultados na B3.

Já em Wall Street, com as divulgações a todo vapor, Microsoft, Apple, Alphabet (Google), Meta (Facebook) e Amazon são algumas das gigantes que informam seus números nos próximos dias.

No campo dos indicadores econômicos, teremos pela frente na cena doméstica IGP-M, Caged, taxa de desemprego e produção industrial.

O Boletim Focus, em razão da operação-padrão dos servidores do Banco Central, sairá na terça – e não na segunda, como tradicionalmente ocorre.

Enquanto isso, no exterior, o payroll mostrará como está o mercado de trabalho nos EUA.

Esse é um dado americano que mexe com o rumo dos juros e os negócios nas bolsas de valores globais.

Então, depois desse panorama do que vem pela frente, vamos aos dois protagonistas do calendário econômico.

Decisão do Fed

Não vai ter surpresa. O consenso do mercado é que os juros nos Estados Unidos serão mantidos pelo Federal Reserve no intervalo de 5,25% a 5,50%.

Assim, o que está no foco é quando Jerome Powell, presidente do Fed, e seus colegas vão começar a afrouxar as taxas.

Até aqui, as apostas dos agentes financeiros têm variado entre março e maio.

Logo, quanto antes o ciclo de cortes iniciar, melhor para os ativos de risco e os mercados emergentes, como o brasileiro.

Portanto, o mesmo vale para o cenário oposto.

Se prevalecer a falta de pressa do banco central americano para derrubar os juros, os próximos 45 dias tendem a ser de ora pessimismo ora euforia, conforme a evolução dos indicadores.

Reunião do Copom

Pouco depois da decisão do Fed, a nova taxa Selic será conhecida no Brasil. Aqui, a flexibilização monetária prosseguirá no ritmo de 0,50 ponto percentual.

Na quinta redução consecutiva, os juros básicos da economia passarão de 11,75% para 11,25%. Essa será a menor taxa desde março de 2022.

Com o Copom reiterando que não vai acelerar o passo, os agentes ficarão de olho no comunicado da reunião.

Entre os pontos que serão avaliados certamente estarão os riscos para a inflação ao longo do prazo e as preocupações com o cenário fiscal.

Finalmente, o mercado local irá olhar para a taxa de juros terminal. Em linhas gerais: até quanto a Selic vai cair mais?

Calendário econômico – 29 de janeiro a 2 de fevereiro

Segunda (29)

Sem indicadores relevantes

Terça (30)

08h00: IGP-M de janeiro (Ibre-FGV)
08h30: Boletim Focus (Banco Central)
Sem horário: Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de dezembro de 2023 (Ministério do Trabalho)
Balanços: Microsoft e Alphabet (Google)

Quarta (31)

09h00: Taxa de desemprego/PNAD Contínua de dezembro de 2023 (IBGE)
16h00: Decisão de juros nos Estados Unidos (Fed)
16h30: Coletiva de Jerome Powell, presidente do Fed
18h15: Decisão de juros no Brasil/Nova taxa Selic (Banco Central)
Balanços: Santander Brasil e Novo Nordisk

Quinta (1)

Balanços: Apple, Meta (Facebook) e Amazon

Sexta (2)

09h00: Produção industrial de dezembro de 2023 (IBGE)
10h30: Payroll/Taxa de desemprego de janeiro nos EUA

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