Vitória de Donald Trump pode mexer com os planos de WEG (WEGE3) e Embraer (EMBR3) nos Estados Unidos?

O BTG Pactual avalia o potencial impacto do resultado das eleições americanas nos negócios das fabricantes brasileiras

Com a eleição presidencial americana se aproximando, o BTG Pactual avaliou os potenciais desfechos para duas das ações mais relacionadas aos Estados Unidos em sua cobertura: WEG (WEGE3) e Embraer (EMBR3).

O banco destaca que Kamala Harris e Donald Trump expressaram visões significativamente opostas em relação à energia e à defesa. “No entanto, apesar da retórica de campanha, acreditamos que o impacto nos negócios das duas empresas será mínimo”, afirmam em relatório.

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Para a WEG, a discussão principal gira em torno da Lei de Redução da Inflação (IRA) e do apoio do governo dos EUA à infraestrutura de energia renovável.

Já no caso da Embraer, os gastos militares são um tópico crucial. Juntamente com possíveis barreiras comerciais, como tarifas de importação sobre produtos manufaturados.

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WEGE3, EMBR3 e as eleições americanas

Dessa forma, a WEG tem demonstrado um forte crescimento no mercado dos EUA nos últimos anos. Principalmente impulsionado por dois produtos principais: motores elétricos de baixa tensão (LV) e transformadores de potência.

Então, o BTG acredita que a demanda por esses dois tipos de equipamentos é, em grande parte, inalterada por fatores políticos.

Especificamente em relação à Embraer, o mercado parece estar monitorando de perto o potencial impacto de tarifas de importação sobre produtos estrangeiros. Como os jatos ERJ, especialmente se Donald Trump vencer a eleição, comenta o banco.

A família de jatos E1 da Embraer é atualmente o único jato regional nos EUA que atende às cláusulas de escopo das companhias aéreas existentes. Enfrentando nenhuma concorrência direta da linha de produtos da Boeing, que se concentra em jatos maiores.

Se tarifas de importação mais altas forem aplicadas, os preços dos jatos poderiam aumentar, potencialmente interrompendo a cadeia de suprimentos da Embraer baseada nos EUA. Bem como afetando os custos de aquisição de aeronaves para muitas companhias aéreas americanas.

“Embora preços mais altos para os E2 possam desacelerar os esforços de marketing da empresa na região, acreditamos que o sucesso do E2 nos EUA depende mais das regulamentações das cláusulas de escopo do que da precificação relativa, especialmente considerando que jatos da Airbus também são importados”, comentam os analistas Lucas Marquiori e Fernanda Recchia.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para os recibos de ações (ADRs) da Embraer, com preço-alvo a US$ 39.

Enquanto para a WEG, a recomendação do BTG Pactual é neutra e preço-alvo a R$ 60.

Com informações do Valor Econômico

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