Suzano (SUZB3) registra lucro de R$ 220 milhões no 1º tri, queda anual de 95,8%

Recuo nos ganhos aconteceu principalmente em razão do impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida em moeda estrangeira e de operações com derivativos

Fábrica da Suzano em Jacareí, São Paulo. (Foto: Divulgação)
Fábrica da Suzano em Jacareí, São Paulo. (Foto: Divulgação)

A Suzano (SUZB3), maior produtora de celulose de mercado do mundo, registrou lucro líquido de R$ 220 milhões no primeiro trimestre, queda de 96% na comparação anual, explicada sobretudo pelo impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida em moeda estrangeira e em operações com derivativos. Preços mais baixos da celulose e menor volume de vendas da matéria-prima também contribuíram para a redução do ganho.

De janeiro a março, a companhia teve receita líquida de R$ 9,46 bilhões, queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. No intervalo, o preço médio líquido da celulose vendida pela Suzano no mercado externo ficou em US$ 624 por tonelada, 13% menor do que o registrado um ano antes. Já o preço médio líquido do papel recuou 9%, para R$ 6.713 por tonelada.

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As vendas em volume da Suzano somaram 2,7 milhões de toneladas, das quais 2,4 milhões de toneladas de celulose e 313 mil toneladas de papéis, 1% abaixo do registrado no primeiro trimestre de 2023. Em celulose, houve queda de 2% e em papel, alta de 12% no volume comercializado.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da companhia recuou 26%, para R$ 4,56 bilhões, com margem Ebitda de 48%, comparável a 55% um ano antes. Frente ao quarto trimestre, porém, a margem cresceu 5 pontos percentuais. Já a geração de caixa operacional foi 47% menor na comparação anual, com R$ 2,5 bilhões.

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O resultado financeiro líquido da Suzano foi negativo em R$ 3,04 bilhões, comparável a R$ 2,47 bilhões em receita financeira líquida no mesmo trimestre de 2023. As variações cambiais e monetárias ficaram negativas em R$ 1,7 bilhão no trimestre, na esteira da desvalorização de 3% do real, quando comparada a taxa de câmbio no fechamento do quarto e do primeiro trimestre.

Em dezembro, a alavancagem financeira da empresa estava em 3,5 vezes em dólar, com alta de 0,4 vez em três meses, alcançado o teto previsto na política de endividamento da companhia em momentos de ciclo de investimentos — a Suzano está investindo R$ 22,2 bilhões no Projeto Cerrado.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

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