Tesla perde US$ 184 bi em dois dias após enquete no Twitter; na B3, BDR caiu 15%
Musk perguntou se deveria se desfazer de 10% das suas ações na Tesla, a mais valiosa montadora de veículos do mundo, fundada por ele em 2003, e prometendo obedecer o resultado
Nova semana, nova polêmica envolvendo o multiempreendedor sul-africano-canadense-americano Elon Musk (sim, ele tem três nacionalidades). O homem mais rico do mundo, com um patrimônio líquido de US$ 338 bilhões, segundo o ranking Bloomberg Billionaires, fez uma enquete no Twitter no sábado (6). Musk perguntou se deveria se desfazer de 10% das suas ações na Tesla, a mais valiosa montadora de veículos do mundo, fundada por ele em 2003, e prometendo obedecer o resultado.
Musk tem uma participação de 23% na Tesla, o equivalente a 171 milhões de ações. O “sim” recebeu 57,9% dos cerca de 3,52 milhões de votos na pesquisa, e, dessa forma, US$ 21 bilhões em ações da montadora podem ser desovados na Nasdaq, a Bolsa dos Estados Unidos que lista empresas de tecnologia.
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Ainda não está claro se Musk efetivamente começou a se desfazer dos papeis, mas nem precisou começar a vender para derrubar o valor de mercado da montadora.
A promessa é essencialmente uma resposta às críticas de que Musk, apesar de ser podre de rico, paga poucos impostos. “Notem que não recebo salário nem bônus de lugar nenhum. Só tenho ações; portanto, o único jeito para eu pessoalmente pagar impostos é vender essas ações”, escreveu Musk em sua conta no Twitter, que tem quase 63 milhões de seguidores.
A discussão sobre a taxação dos super ricos está esquentando, nos EUA. No final de outubro, o Partido Democrata anunciou os detalhes de um plano para aumentação a cobrança de impostos dos bilionários americanos e usar os recursos no financimento do grande projeto de reforma da infraestrutura do país lançado pelo presidente Joe Biden e aprovado pelo Congresso.
A mudança nas regras tributárias se aplicaria a cerca de 700 super ricos americanos, que ganham ao menos US$ 100 milhões ao ano, por três anos consecutivos, ou que tenham ativos superiores a US$ 1 bilhão. Atualmente, esses bilinários só pagam impostos quando vendem parte do seu patrimônio e costumam tomar empréstimos dando como garantia seus ativos para usar o dinheiro no pagamento dos boletos do dia a dia.
Musk tem usado desse expediente, segundo a própria montadora, e o objetivo de venda de parte de suas ações na Tesla é pagar os bancos que concederam o crédito.
Com agências de notícias internacionais