Inflação da saúde impactará empresas e o consumidor, diz CEO da Oncoclínicas (ONCO3)

Bruno Ferrari, CEO e principal acionista da ONCO3, disse que Selic ainda está alta

IPO da Oncoclínicas (ONCO3), em agosto de 2021, foi um dos últimos da B3 - Foto: Reprodução/B3
IPO da Oncoclínicas (ONCO3), em agosto de 2021, foi um dos últimos da B3 - Foto: Reprodução/B3

A inflação do setor de saúde deve seguir impactando o mercado, tanto para as empresas da área quanto para o consumidor final. Isso apesar do ganho de produtividade que as inovações estão trazendo. A percepção é de Bruno Ferrari, sócio e principal acionista da Oncoclínicas (ONCO3).

“O custo para todos da medicina vai aumentar pelos próximos anos até que a gente consiga um equilíbrio”, diz o executivo. “Não consigo enxergar a inflação de saúde acompanhar a inflação”, acrescenta.

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Ainda assim, Ferrari diz que o custo da saúde está desacelerando, na contramão da inflação geral, por conta principalmente do “desenvolvimento de novas tecnologias e de novos tratamentos, que é um (ato) contínuo”, complementa.

Mudanças nos planos de saúde

Ferrari também comentou que o recente cancelamento dos planos de saúdes de clientes que eram considerados de alto risco “afeta todo o sistema” e que a decisão de reverter os cancelamentos foi “positiva”.

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“Quanto mais estável o sistema de saúde for, melhor. Qualquer ruído é muito ruim, como o cancelamento foi muito ruim”, disse o gestor da Oncoclínicas (ONCO3)

O executivo afirma que essas ações causaram incertezas. “Rever isso foi importante e mais importante, levantou a discussão sobre a necessidade de o sistema de saúde privado ser autossuficiente, sustentável e eficiente”.

Aumento de capital da ONCO3

Com o aumento de capital de R$ 1,5 bilhão anunciado recentemente, a participação de Ferrari na empresa subiu para mais de 10%. Enquanto isso, o Banco Master pulou para 12% de participação na companhia.

“A empresa estava procurando melhorar sua estrutura de capital e encontramos um investidor com visão de longo prazo”, diz Ferrari.

Dessa forma, sobre financiamento e investimentos, ele destaca que a Selic “ainda está alta” e segue “machucando principalmente as empresas que tiveram maior investimento nos últimos anos”, como é o caso da Oncoclínicas.

Assim, até 2023, a expansão da rede foi principalmente via aquisições. Em 2023, a promessa foi de crescimento orgânico a partir de 2024.

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