NY: Bolsas terminam no vermelho e interrompem rali; no mês Nasdaq cai mais de 2%

Os três principais índices de ações de Wall Street terminaram a sessão desta terça-feira em território negativo, interrompendo uma sequência de ganhos

Pregão na Nasdaq, uma das bolsas dos EUA / Foto: Divulgação
Pregão na Nasdaq, uma das bolsas dos EUA / Foto: Divulgação

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão desta terça-feira em território negativo, interrompendo uma sequência de ganhos. O movimento de hoje ocorreu em meio à falta de um catalisador que empurrasse o investidor aos ativos de risco. No fim do mês de maio, os índices S&P 500 e Dow Jones fecharam próximos da estabilidade, enquanto o Nasdaq caiu 2%.

Finalizado o pregão desta terça, o índice Dow Jones caiu 0,67%, a 32.990,12 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,63%, a 4.132,15 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,41%, a 12.081,39 pontos. No acumulado do mês de maio, Dow Jones e S&P registraram leve avanço de 0,04% e 0,01%, enquanto o Nasdaq cedeu 2,05%.

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A partir de amanhã, o Fed deve dar início ao enxugamento do seu balanço patrimonial, deixando seus títulos vencerem. Como apontou Edward Park, chefe de investimentos do Brooks Macdonald, “a lógica do Fed é que, ao não reinvestir uma proporção dos fundos, o encolhimento do balanço patrimonial pode ser aberto e transparente aos participantes do mercado, reduzindo o risco de turbulência no mercado de títulos”, disse, em relatório semanal.

Para o estrategista-chefe de mercado da LPL financial, Ryan Detrick, na despedida de maio vem também más notícias: Junho é historicamente um mês fraco e, na verdade, é o pior mês do ano durante um ano de eleição parlamentar, com queda de 1,8% em média. “Mas o rali da semana passada pode ser o início de céus mais brilhantes à frente para os investidores.”

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Na sessão desta terça-feira, apenas dois índices setoriais fecharam em alta, dos onze do S&P 500, consumo discricionário (+0,76%) e serviços da comunicação (0,40%). No caso do primeiro grupo, o impulso veio com o avanço das ações da Amazon, que cresceram 4,40% na sessão.

Os ganhos vieram mesmo depois de o banco Jefferies cortar a estimativa de preço da ação da empresa de US$ 3.700 para US$ 3.250. As ações da Alphabet, dona do Google, também subiram 1,29% na sessão.

O movimento chama atenção, pois os redimentos dos títulos do Tesouro, que normalmente penalizam as gigantes de tecnologia americanas quando sobem, hoje subiram com consistência. Perto das 17h30, o yield da T-note de dez anos operava em alta, a 2,853%, de 2,749%.

Nas notícias que deixaram os investidores atentos está o encontro do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chefe do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. Biden defendeu, em artigo publicado nesta terça, a independência do banco central americano. Também esteve no radar a informação de que a União Europeia irá embargar parcialmente o petróleo russo.

A medida chegou a dar impulso aos ganhos dos contratos futuros do petróleo, mas à tarde, informações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estreia se planejando para expandir sua produção acabou afetando os preços e a commodity terminou a sessão no vermelho.

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