Morning call: mercado inicia a semana de olho em dado importante na terça-feira

Não há dado importante nesta segunda-feira para além do Boletim Focus, mas terça-feira promete agitação

Painel da Bolsa de Valores, a B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Painel da Bolsa de Valores, a B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O morning call começa a semana indicando que o dia não tem nada de especial na agenda econômica além da tradicional divulgação do Boletim Focus na manhã desta segunda-feira (9).

Assim, o mercado deve atuar em compasso de espera – e expectativa – em torno do anúncio na terça-feira (10) do IPCA de agosto. Dessa forma, trata-se da divulgação pelo IBGE do que é considerada a taxa oficial de inflação do país.

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Dessa maneira, é esse um indicador importante para a definição da próxima taxa básica de juros, a Selic. Então, vale lembrar que existe a possibilidade de aumento da taxa na próxima reunião do Comitê de Política monetária (Copom).

Morning call: desligou no fim de semana? Hora de se atualizar

O fim de semana, marcado pelo feriado em 7 de setembro, transcorreu sem notícias de impacto. De importante, a fala de um ministro do STF indicando que não levará ao plenário o debate em torno da suspensão do X. E falar do juiz do caso de monopólio do Google, que pretende anunciar punições no próximo ano.

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Como fechou a bolsa de valores em São Paulo

O Ibovespa encerrou em queda, em meio ao mau humor global, após o payroll de agosto mostrar uma desaceleração no mercado de trabalho nos Estados Unidos maior que o esperado.

As revisões para baixo das leituras anteriores também chamaram a atenção dos agentes financeiros e levantaram preocupações em torno da economia americana.

Em meio à forte aversão a risco, as ações da Vale e da Petrobras ajudaram a puxar a bolsa para baixo.

No fim do dia, o Ibovespa caiu 1,41%, aos 134.572 pontos.

Na mínima intradiária, tocou os 134.476 pontos e, na máxima, os 136.653 pontos.

O índice acumulou queda de 1,05% na semana. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 13,39 bilhões no Ibovespa e R$ 17,83 bilhões na B3.

O fechamento em Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em forte queda, com os investidores preocupados com a saúde do mercado de trabalho e da economia dos Estados Unidos, após o payroll de agosto mostrar uma geração de empregos abaixo do esperado e revisões em baixa nos números de julho e junho.

As ações mais penalizadas foram do setor de tecnologia, diante do temor de que uma atividade americana mais fraca impeça um ciclo de investimentos mais fortes em iniciativas de inteligência artificial (IA) generativa.

O índice Dow Jones teve queda de 1,01%, a 40.345,41 pontos; o S&P 500 recuou 1,73%, a 5.408,42 pontos; e o Nasdaq caiu 2,55%, a 16.690,83 pontos.

Na semana, os índices tiveram quedas de 2,93%, 4,25% e 5,77%, respectivamente.

O desempenho marca a pior semana do S&P 500 desde março de 2023.

No índice de referência das bolsas de Nova York, as ações do setor de serviços de comunicação – que concentra boa parte das big techs americanas – tiveram recuo conjunto de 2,9% e lideraram as perdas hoje.

Entre os principais papéis do setor, a Broadcom despencou 10,36% e foi o maior destaque negativo do dia. Logo atrás, a Tesla recuou 8,31% e a Super Micro Computer, 6,84%.

Fechamento na Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em queda, seguindo as perdas de sexta-feira em Nova York após o relatório de emprego nos Estados Unidos mais fraco do que o esperado, e com as ações de tecnologia puxando as baixas no Japão. A bolsa de Hong Kong caiu mais de 1% e liderou as perdas na região.

Como foram os fechamentos

O índice Nikkei do Japão fechou em queda de 0,48% a 36.215,75 e o índice Kospi da Coreia do Sul caiu 0,33% a 2.535,93.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,42% a 17.196,96 e, na China continental, o índice Xangai Composto fechou em queda de 1,06% a 2.736,4876.

“O relatório de emprego dos Estados Unidos de sexta-feira deveria resolver a questão se o Fed cortaria em 0,25 ponto percentual na próxima semana, ou em 0,50 ponto”, diz o Rabobank, em relatório.

“O sinal não foi tão claro quanto muitos esperavam.” Os mercados de ações, porém, reagiram fortemente aos números de emprego, com o Nasdaq em queda de mais de 2,5%, afirma o banco.

A Bolsa do Japão chegou a cair mais de 2% durante o pregão, com perdas nos papéis de tecnologia seguindo o ocorrido na última sexta-feira na Bolsa de Nova York.

A Lasertec caiu 4,8% e a Tokyo Electron recuou 2,3%. Por outro lado, a Seven & i Holdings subiu 2,4% depois que a Alimentation Couche-Tard do Canadá mostrou disposição em continuar o diálogo com a empresa japonesa.

Na China, a taxa de inflação cresceu 0,6% em base anual, abaixo dos 0,7% esperados por analista. Os investidores aguardam os dados comerciais do país, que serão divulgados amanhã. Em Hong Kong, as ações da da China Renaissance caíram 66% após retornar de uma suspensão de negociação de 17 meses.

Com informações do Valor Econômico

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