Marfrig (MRFG3) reverte prejuízo e lucra R$ 63 milhões no 1º trimestre; BRF (BRFS3) brilha
Marfrig (MRFG3) reverte prejuízo de R$ 634 milhões em lucro no primeiro trimestre e BRF ajuda frigorífico a quase dobrar Ebitda
A Marfrig (MRFG3) reportou nesta quarta-feira (15) lucro líquido de R$ 62,6 milhões no primeiro trimestre de 2024, revertendo assim prejuízo de R$ 634 milhões em igual período de 2023. Entre janeiro e março, o frigorífico do empresário Marcos Molina registrou lucro operacional de caixa (Ebitda) consolidado de R$ 2,6 bilhões, quase o dobro do Ebitda registrado um ano antes.
A Marfrig destacou que a maior participação da BRF (BRFS3) no resultado compensou o “cenário mais desafiador” da operação do frigorífico na América do Norte. O braço de proteína avícola controlado pela Marfrig teve aumento de 248% no Ebitda na comparação anual, com faturamento líquido de mais de R$ 13 bilhões.
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Após venda para Minerva, Marfrig aumenta receita em dólar
Vendas em dólar e a participação de mercado nos Estados Unidos ocuparam um papel ainda maior no lucro líquido da Marfrig (MRFG3) no primeiro trimestre. Em agosto, a companhia anunciou a venda da maioria de seus ativos na operação da América do Sul para a Minerva (BEEF3).
Nos primeiros três meses deste ano, a receita líquida do frigorífico atingiu R$ 30 bilhões, com 75% do faturamento contabilizado em dólar e outras moedas – 73% na moeda americana.
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O mercado americano passou a representar R$ 4 em cada R$ 10 reais de receita da companhia, um aumento de 1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre de 2023. Assim, entre janeiro e março, a Marfrig registrou US$ 2,8 bilhões em vendas, aumento de 9,5% comparado com um ano atrás.
Ao mesmo tempo, o custo de venda da Marfrig aumentou 12,5% no mercado americano. Segundo a companhia, os preços para compra do gado “permanecem em patamares mais altos evidenciando um cenário de maior retenção de animais”.
A margem bruta da operação da Marfrig (MRFG3) na América do Norte encerrou o primeiro trimestre em 4,4%, recuo de 2,2 p.p. na base anual. Houve recuo também na margem Ebitda para a filial norte-americana.
Ao mesmo tempo, a contribuição do mercado brasileiro caiu de 27% para 25%. Na Argentina, a participação recuou 1 p.p., enquanto no Chile, houve estabilidade
Ebitda da Marfrig (MRFG3) quase dobra; BRF (BRFS3)
A Marfrig atingiu um Ebitda consolidado de R$ 2,64 bilhões, com crescimento de 94,8% em relação ao lucro operacional em caixa de R$ 1,35 bilhões do primeiro trimestre de 2023.
A BRF foi o grande destaque para a companhia no trimestre, respondendo por 80% do Ebitda da Marfrig.
O Ebitda da BRF no período foi três vezes maior do que no primeiro trimestre do ano passado, de R$ 2,1 bilhões. As ações do frigorífico dono da Sadia chegaram a disparar 15% após a companhia divulgar os resultados do primeiro trimestre, na última quarta-feira.
Os 20% restantes são divididos de forma igual entre as operações da Marfrig na América do Sul e América do Norte.
Por fim, a Marfrig (MRFG3) registrou fluxo de caixa livre negativo, de R$ 558 milhões. Enquanto o caixa operacional foi lucrativo em R$ 1,5 bilhão, as despesas consolidadas das operações do frigorífico chegaram a R$ 1,2 bilhão.
Ao mesmo tempo, o custo de capital adquirido foi de R$ 855 milhões.