Tá ruim, mas tá bom: lucro da Vale (VALE3) cai no 3º tri, mas vem acima do esperado e ações sobem

Mesmo com queda na comparação anual, números da mineradora vieram acima das expectativas

Logo da mineradora Vale (VALE3) - Foto: Washington Alves/Reuters
Logo da mineradora Vale (VALE3) - Foto: Washington Alves/Reuters

A ação da Vale (VALE3) subia nesta sexta-feira (25) após a mineradora divulgar os resultados do terceiro trimestre.

Na noite passada, a companhia reportou resultado operacional (Ebitda) ajustado de US$ 3,7 bilhões para o terceiro trimestre.

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Embora isso signifique queda na comparação anual, o número veio acima das expectativas de analistas.

Assim, por volta das 11h30 (horário de Brasília), Vale (VALE3) mostrava valorização de 2,8%, a R$ 61,35.

Últimas em Ações

Em US$ bilhões3º tri/243º tri/23VariaçãoExpectativa analistas
Receita líquida9,5510,62-10,1%9,79
Ebitda3,744,736-21%3,68
Margem Ebitda (%)39,244,6-5,4 pontos39,8
Lucro líquido2,4122,836-15%1,854
Vale, relatórios dos bancos

Analistas elogiam balanço da Vale (VALE3)

Em relatórios, analistas elogiaram os resultados. A companhia já tinha apresentado dados operacionais acima das previsões do mercado no último dia 15.

“O avanço em relação às nossas estimativas é explicado pelas dinâmicas de preço e de custos melhores do que as antecipadas”, comentou em relatório a equipe do Itaú BBA liderada por Daniel Sasson.

Yuri Pereira e Arthur Biscuola, do Santander, assim como a equipe do Goldman Sachs sob liderança de Marcio Farid, também mencionaram a dinâmica de custos.

Dessa forma, Itaú BBA, Santander e Goldman Sachs reiteraram recomendação de compra ou equivalente para VALE3.

Já o BTG Pactual, dos analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, reconheceu a dinâmica operacional positiva, mas fez uma ressalva.

A contradição aqui reside na capacidade da empresa entregar receitas mais fortes, mas o fluxo de caixa livre (FCF, na sigla em inglês) estar sob pressão.

Essa linha do balanço teve pressão do item ‘outras despesas’, mesmo sem previsão de dividendos extraordinários nos próximos dois anos.

Por fim, a dívida líquida da empresa subiu de US$ 14,1 bilhões para US$ 16,5 bilhões em 12 meses até setembro, com a provisão adicional relacionada à Samarco.

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