Eleição de Trump nos Estados Unidos será boa para a Gerdau (GGBR4), afirma CEO

Gustavo Werneck lembrou que a companhia tem operações relevantes na América do Norte

Gustavo Werneck, CEO da Gerdau (GGBR4). Foto: Claudio Gatti/Divulgação
Gustavo Werneck, CEO da Gerdau (GGBR4). Foto: Claudio Gatti/Divulgação

A Gerdau (GGBR4) deve se beneficiar com a eleição de Donald Trump para governar os Estados Unidos nos próximos quatro anos, disseram executivos da companhia nesta quarta-feira (6).

O vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores da fabricante de aço, Rafael Japur, lembrou que durante o primeiro mandato de Trump (2017-21), os Estados Unidos estimularam investimentos em infraestrutura, o que foi positivo para a Gerdau.

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“Agora, não deve ter mudança nessa política”, disse Japur a jornalistas durante teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre.

Além disso, o presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, lembrou que a companhia tem operações relevantes na América do Norte.

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Portanto, a companhia ficaria protegida, e até beneficiada, caso Trump cumpra a promessa de campanha de praticar maior protecionismo comercial.

Segundo o relatório de resultados de julho a setembro, divulgado na noite de terça-feira (5), a América do Norte representava 37,5% das receitas da Gerdau.

Isso fica atrás apenas de Brasil, com 37,9%, mas muito à frente de América Latina, com 8,2%.

Adicionalmente, Werneck lembrou que em 2026 haverá a revisão de um acordo comercial entre EUA, México e Canadá, o que deve favorecer o comércio entre eles.

“Como temos posições relevantes na América do Norte e estamos dentro desse acordo, isso será positivo (para a Gerdau)”, disse o CEO.

Na B3, GGBR4 disparava 6,5% por volta das 11h (horário de Brasília). No mesmo instante, o Ibovespa tinha queda de 1%.

Protecionismo: uma no cravo outra na ferradura para a Gerdau

Contudo, Werneck alertou para os possíveis efeitos colaterais de um maior protecionismo nos EUA.

Empresários do setor de aço no mercado doméstico vêm manifestando preocupação com o possível risco de produtores do aço de outras regiões, como os da China, invadirem o Brasil.

Portanto, defendem que o governo brasileiro também avalie medidas para conter uma eventual enxurrada de importações do produto.

“Se (os EUA) colocam mais defesa comercial, é muito provável que esse aço venha para o Brasil”, disse Werneck.

América do Norte foi destaque da Gerdau (GGBR4) no 3° tri

Na noite de terça-feira, a Gerdau reportou lucro líquido de R$ 1,356 bilhão para o terceiro trimestre, queda de 15% ano a ano.

Porém, o resultado ficou muito acima das previsões de analistas (ao redor de R$ 1 bilhão).

Além disso, o resultado operacional (Ebitda) ajustado de R$ 3 bilhões ficou 7% acima do consenso.

Segundo Goldman Sachs e Itaú BBA, a diferença de resultado ocorreu principalmente devido aos preços realizados melhores que o esperado na América do Norte.

Ambos os bancos de investimentos mantiveram recomendação de compra para GGBR.

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