Bolsas de Nova York têm pior semana do ano após colapso do SVB e payroll

Temores de contágio do setor financeiro tomaram as mesas de operações em Wall Street após crise do banco das startups

Confira o desempenho da bolsas dos EUA hoje. Foto: REUTERS/Jeenah Moon/File Photo
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Confira o desempenho da bolsas dos EUA hoje. Foto: REUTERS/Jeenah Moon/File Photo . REUTERS/Jeenah Moon/File Photo

As bolsas de Nova York fecharam em queda robusta nesta sexta-feira (10) e encerraram com as maiores perdas semanais de 2023 até aqui, pressionadas principalmente por temores de contágio ao setor financeiro dos EUA após o colapso do SVB Financial Group, controladora do Silicon Valley Bank, fechado por reguladores americanos.

Também o relatório de empregos dos EUA (payroll) e suas consequências para a política monetária do Federal Reserve (Fed) ficou no foco dos investidores.

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O índice Dow Jones caiu 1,07%, a 31.909,640 pontos, o S&P 500 fechou em baixa de 1,45%, a 3.861,59 pontos, e o Nasdaq cedeu 1,76%, a 11.138,89 pontos.

Na semana, os índices acumularam perdas de 4,44%, 4,55% e 4,71%, respectivamente.

Queda no setor bancário

Após ver seu plano de levantar capital por meio de vendas de ações falhar, a crise de liquidez do SVB Financial Group se aprofundou hoje e temores de contágio por todo o setor financeiro americano tomaram as mesas de operações em Wall Street.

“As circunstâncias do colapso do SVB são únicas o suficiente para que provavelmente não desencadeie um contágio financeiro generalizado. No entanto, é um lembrete oportuno de que, quando o Fed está exclusivamente focado em espremer a inflação aumentando as taxas de juros, muitas vezes acaba quebrando as coisas”, diz Paul Ashworth, economista chefe para América do Norte da Capital Economics.

Payroll

Importante indicador para medir as expectativas para a política monetária do BC americano, o payroll de fevereiro mostrou sinais mistos ao registrar criação de 311 mil empregos, acima do esperado, mas crescimento salarial de 0,2% ante janeiro e de 4,6% na base anual, taxas menores que o previsto. Além disso, a taxa de desemprego subiu de 3,4% a 3,6%, quando o consenso apontava estabilidade.

Enquanto analistas se dividem entre previsão de Fed mais “hawkish” ou mais “dovish” com base no payroll de hoje, investidores tornaram a prever uma alta de juros mais branda à frente, incluindo manutenção do ritmo de 0,25 ponto percentual (p.p.) na reunião deste mês.

Expectativas para juros

O mercado também passou a esperar juro terminal mais baixo, de 5,5%, ao invés dos 5,75% previstos até ontem, segundo dados do CME Group. Por fim, a precificação majoritária ainda sugere ao menos um corte de juros de 0,25 p.p. este ano, já que a maior probabilidade calculada pela empresa é de Fed funds em 5,25% em dezembro.

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