Bolsas da Ásia fecham em queda com covid-19 e retração do setor imobiliário na China

Confira o desempenho das bolsas asiáticas nesta quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Vista de Xangai, um dos principais centros comerciais e financeiros da China - Foto: Pexels
Vista de Xangai, um dos principais centros comerciais e financeiros da China - Foto: Pexels

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira, principalmente por conta da alta de casos de covid-19 na China e dados relacionados a compra de casas no país asiático, que teve a maior queda mensal em sete anos.

Os investidores também ficaram preocupados com as notícias vindas da Europa, onde um míssil atingiu a Polônia, que faz fronteira com a Ucrânia, aumentando as chances de uma escalada no conflito na região. A bolsa de Tóquio foi a única que fechou em alta, alavancada pelas ações do setor de energia.

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Japão é exceção

No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 0,14%, a 28.028,30, apoiado pelas ações do setor de energia. A Mitsui Matsushima avançou 4,3%, a Inpex teve alta de 2,0%, enquanto a Japan Petroleum Exploration subiu 3,1%.

A Toshiba ganhou 0,7% depois que um relatório do Nikkei afirmou que a fabricante de chips Rohm e a montadora Suzuki se juntaram a uma proposta para assumir o controle da empresa.

Coreia do Sul

Já o índice Kospi, da Coreia do Sul, fechou com a menor queda entre as grandes bolsas da Ásia. A sessão foi encerrada em queda de 0,12%, a 2.477,45, repercutindo as notícias relacionadas aos riscos geopolíticos na Europa, depois que um míssil atingiu uma vila polonesa na fronteira com a Ucrânia.

O investidor se preocupa com a possibilidade de que a guerra na Ucrânia possa se transformar em um conflito maior, amenizado depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que era improvável que o míssil tenha sido disparado da Rússia.

Hong Kong lidera queda entre bolsas asiáticas

Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou a sessão com retração de 0,47%, a 18.256,48, encerrando uma sequência de três sessões consecutivas de alta no fechamento.

O aumento dos casos de covid-19 na China é motivo de preocupação entre os investidores. O setor imobiliário recuou depois que os dados mostraram que os preços das casas novas em outubro caíram 28,2% na base anual nos primeiros dez meses do ano.

A Country Garden Holdings caiu 15%, estendendo a queda de 1,8% de terça-feira e o Grupo Longfor teve retração de 5,6%, já que a Fitch Ratings revisou sua perspectiva de classificação de crédito de estável para negativa, citando as más condições do mercado de capitais.

China Continental

Na China Continental, o índice Xangai Composto fechou com a segunda maior queda entre as bolsas asiáticas, com retração de 0,45%, a 3.119,9804, com o aumento dos casos de covid-19 no país pesando sobre os mercados. Além disso, dados divulgados na quarta-feira mostraram que os preços de casas novas na China caíram em outubro no ritmo mais rápido em mais de sete anos.

Na sessão, os setores imobiliário, automotivo e de energia renovável enfraqueceram. A Seazen Holdings caiu 6,9% e China Vanke perdeu 3,0%, enquanto a fabricante de baterias CATL caiu 3,1%.

Os preços médios de casas novas em 70 grandes cidades caíram 0,37% em outubro, em comparação com uma queda mensal de 0,28% registrada em setembro, de acordo com cálculos do “The Wall Street Journal” com base em dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China. Esta foi a maior queda mensal desde fevereiro de 2015.

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