Com alta de 0,62% na sessão, IBOV tem ganho semanal e volta a encostar nos 129 mil pontos

Ibovespa avança com índice de inflação dos EUA no radar dos investidores, que também repercutiram prévia da inflação do Brasil; dólar cai

Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters
Painel mostra desempenho de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters

A bolsa de valores hoje tinha forte volatilidade no início da sessão, mas engatou alta e fechou o dia e a semana no campo positivo. O que movimentou os ativos de risco nesta sexta-feira (26) foram, principalmente, os índices de inflação no Brasil e nos EUA.

“Os números ajudaram a deixar o Ibovespa no positivo hoje e colaboraram para a queda do dólar, assim como dos juros futuros, que operaram em queda ao longo do dia”, diz Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.

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Assim, nesta sexta, o Ibovespa fechou em alta de 0,62%, a 128.967,32 pontos, o que ajudou a reverter parte da desvalorização da bolsa registrada na semana passada, quando caiu 2,5%. Nesta semana, o Ibovespa avançou 1,04%. No ano, o índice tem queda de 3,8%.

Na quinta-feira (25), o principal índice de ações da bolsa fechou em alta de 0,28%, mesmo com a queda da Vale (VALE3), condenada pela Justiça de Minas Gerais a pagar R$ 47,6 bilhões em indenizações pelos danos ambientais causados pelo rompimento de uma barragem em Mariana em 2015.

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Dólar hoje

Por outro lado, a moeda norte-americana fechou o dia em queda. O dólar desceu 0,24%, cotado a R$ 4,9110. Na semana, a divisa dos EUA desvalorizou cerca de 0,3% em relação ao real.

Da mesma maneira, o dólar caiu no cenário global nesta sexta. O DXY, que mede o desempenho da divisa dos EUA em relação a outras moedas importantes, recuou 0,17%, a 103,43 pontos.

Ações em alta na bolsa de valores hoje

Confira a lista de ações em alta com os melhores desempenho na bolsa de valores hoje.

  • Usiminas (USIM5) +5,20%
  • Usiminas (USIM3) +4,40%
  • Americanas (AMER3) +3,75%
  • OceanPact (OPCT3) +3,19%
  • C&A (CEAB3) +2,93%

Ações em baixa

Veja também os papéis que tiveram as piores quedas ao longo do pregão.

  • Recrusul (RCSL3) -12,09%
  • Gol (GOLL4) -8,07%
  • Vulcabras (VULC3) -7,10%
  • Recrusul (RCSL4) -6,76%
  • Mitre (MTRE3) -6,39%

Os rankings incluem ações da bolsa toda, que compõem ou não o Ibovespa e outros índices. As cotações foram apuradas depois do fechamento, às 18h07, mas estão sujeitas a atualizações.

Bolsas mundiais: Nova York

As bolsas de Nova York fecham sem direção única nesta sexta-feira, após a divulgação do PCE de dezembro, índice de inflação mais utilizado pelo Fed para balizar a política de juros.

Com o indicador vindo dentro do esperado, questões pontuais relacionadas aos setores e suas companhias pesaram mais sobre os ativos de risco do que o comportamento dos preços na economia americana.

Assim, nesta sexta, o Dow Jones subiu 0,16%, a 38.109,43 pontos. Por outro lado, o S&P 500 desceu 0,07%, a 4.890,97 pontos. O Nasdaq, que vem passando por altas consecutivas, enfim, arrefeceu, caindo 0,36% ao final da sessão, a 15.455,36 pontos.

Na semana, o Dow Jones avançou 0,65%, enquanto o S&P 500 subiu 1,06% e o Nasdaq teve valorização de 0,94%.

Europa

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta sexta após o desempenho misto da quinta-feira. As ações da indústria de luxo se destacaram entre as altas, após a receita acima das expectativas da LVMH, a dona da marca Louis Vuitton, renovar o otimismo dos investidores com ativos do setor.

Em Paris, o CAC-40 disparou 2,28%, aos 7.634,14 pontos. Da mesma maneira, o FTSE-100, de Londres, subiu 1,40%, aos 7.635,09 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, ganhou 0,32%, aos 16.961,39 pontos. Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,20%, aos 9.936,60 pontos. Por outro lado, o PSI 20, de Lisboa, descolou-se dos mercados da região e cedeu 0,30%, a 6.275,73 pontos.

Prévia da inflação impacta a bolsa de valores hoje

O IPCA-15 de janeiro registrou avanço de 0,31%. Assim, o acumulado nos últimos 12 meses começou o ano com 4,47% e segue abaixo do teto da meta. Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira.

Apesar da surpresa para baixo, do ponto de vista qualitativo, a leitura não é favorável, segundo analistas. “A piora dos serviços, principalmente dos subjacentes, foi uma decepção”, avalia Igor Cadilhac, economista do PicPay.

Além disso, “a dispersão dos preços aumentou”, afirma o economista André Perfeito. Ele destaca que essa dispersão da inflação é “uma medida bastante usada pelo Copom para antecipar a inflação” futura.

PCE sobe 0,2% em dezembro

O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,2% em dezembro na comparação com novembro, informou nesta sexta-feira o Departamento do Comércio. Na comparação anual, o crescimento foi de 2,6%. Os números vieram em linha com as expectativas de analistas ouvidos pela FactSet.

O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, também avançou 0,2% em dezembro ante o mês anterior, em linha com o previsto. Já na leitura anual subiu 2,9%, levemente abaixo do esperado pelos economistas, que previam alta de 3,0%. O resultado representa uma desaceleração em relação a novembro, quando o núcleo avançou 3,2%.

O índice de preços PCE é a medida preferida de inflação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Com informações do Estadão Conteúdo

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