Ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecham em queda de quase 3% com aprovação de novo presidente
Senador do PT, Jean Paul Prates foi aprovado para assumir a presidência; ações se descolaram do preço do petróleo, que está em alta
Os papéis preferenciais e ordinárias da Petrobras se descolaram do desempenho do petróleo no mercado internacional no pregão desta quinta-feira (26) e as ações ordinárias caíam mais de 4% com a aprovação do conselho da empresa para que Jean Paul Prates, senador do PT assuma a presidência da companhia. O conselho aprovou a indicação no começo da tarde.
No fechamento, as ações reduziram discretamente as perdas. As preferenciais fecharam em queda de 2,74% e as ordinárias perderam 2,79% do valor em relação ao fechamento da quarta-feira.
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Prates e a política de preços e de dividendos
Prates é crítico do atual sistema de precificação da Petrobras, que trabalha em consonância com os preços do mercado internacional, e também da política de distribuição de dividendos praticada nos últimos anos, que rendeu os melhores retornos da história para os acionistas da empresa.
Na contramão do preço do petróleo
Enquanto isso, os contratos do petróleo sobem diante da expectativa dos investidores de um potencial aumento da demanda chinesa pelo combustível com o afrouxamento das restrições impostas pelo controle da covid-19.
Por volta das 19h, o contrato futuro do petróleo Brent para o mês de março operava em alta de 1,42%, negociado a US$ 87,54 o barril na ICE, em Londres.
Demanda reprimida
De acordo com uma nota do Bank of America, a reabertura econômica chinesa pode fazer com que “uma grande onda de demanda reprimida por petróleo ocorra nos próximos 18 meses”.
Ontem, os estoques de petróleo nos EUA subiam 533 mil barris na semana passada, acima da previsão de alta de 100 mil barris de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
O movimento foi bem menor do que as altas ao redor de 18 milhões e 8 milhões de barris nas duas semanas anteriores.
O mercado respondeu momentaneamente de forma positiva aos dados dos estoques menores dos que os das semanas anteriores mas, no acumulado, o crescimento dos estoques pressiona as cotações.