Quais ações estão em baixa hoje, mas que podem valorizar – e muito – ao longo do ano?
Elas existem e não são poucas; algumas têm expectativa de valorizar até 70%
Será que existem ações em baixa para comprar hoje com potencial de valorização ao longo do ano? Sim, elas existem. E quem lista algumas das alternativas para os investidores que buscam esse tipo de oportunidade é Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank.
Mas atenção: o potencial de valorização indica que é possível que as ações recomendadas pelo especialista subam ao longo do ano. Porém, os ventos podem mudar, conforme o cenário local e macro econômico. Por isso, você precisa estar atento às tendências, acompanhar o noticiário econômico e, acima de tudo, ser fiel ao seu perfil de investidor, ou seja, à sua tolerância ao risco.
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Quais são as ações em baixa para comprar hoje?
De acordo com Bresciani, alguns setores oferecem oportunidades de ações em baixa para comprar hoje. Confira abaixo os papéis que ele destaca.
Empresas de petróleo
Para o analista, empresas de petróleo podem ser uma opção. Entre elas, ele cita a PRIO (PRIO3), antiga PetroRio. “Ela tem 55% de potencial”, afirma ele. “Tem a PetroReconcavo (RECV3), com potencial de 70% de alta”, destaca o especialista.
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Na lista, Bresciani também inclui a Brava Energia (BRAV3), com potencial de 42% de alta.
JBS
“Entre as ações em baixa para comprar hoje de outros setores, temos papéis da JBS (JBSS3), com 20% de alta”, afirma Bresciani.
Itaú e Banco do Brasil
De acordo com Bresciani, sempre vale a pena olhar para bancos. “Mas bancos em que podemos ter mais confiança, como Itaú (ITUB4), com potencial de 35% de alta, e Banco do Brasil (BBAS3), com provável aumento de cerca de 40%”, afirma ele. O analista lembra que esses papéis também remuneram através de dividendos.
Empresas conservadoras com ações em baixa para comprar hoje
Outra opção, porém, é olhar para empresas mais conservadoras. “Empresas de seguro, por exemplo, como BB Seguridade (BBSE3), com tendência de subir ainda 22% , e a Porto Seguro (PSSA3), com 25% de possível alta”, diz ele.
Nesse grupo das conservadoras, ele ainda destaca Eletrobras (ELET3), com potencial de valorização de 57%, Copel (CPLE6), com 41%, e Cemig (CMIG4), com 15%, CPFL Energia (CPFE3), com 25%, Taesa (TAEE11), com 10%, Isa Energia (ISAE4), com 16%. “Vale lembrar que essas empresas são excelentes pagadoras de dividendos. Então, têm um dividend yield também muito bom”, afirma Bresciani.
Ele também cita a Sabesp (SBSP3), com 40% de upside, que deve pagar dividendos a partir de 2026, e a Vivo (VIVT3), com 17%. Para completar, Bresciani destaca Gerdau (GGBR4), com 42% de upside, Vale (VALE3), com 36%.
Quais empresas estão em baixa e não são boas alternativas para investir agora?
De acordo com o analista, é preciso ter cautela com empresas que hoje estão muito baratas na bolsa, mas que têm muito endividamento. “A alta dos juros impacta negativamente o resultado dessas companhias”, diz ele.
Como exemplo, ele menciona a Cosan (CSAN3), que tem mais de 100% de upside, mas pode ser bem prejudicada pelos juros altos. “No entanto, se a empresa vender ativos e se reestruturar – e ela tem excelentes ativos no grupo –, pode ter uma alta significativa”, diz ele.
Qual é a perspectiva geral para a bolsa em 2025?
“É um ano cauteloso, cheio de incertezas. A gente tem internamente um cenário difícil, com déficit fiscal, juros subindo no curto prazo”, alerta ele. “Lá fora, temos posse de Donald Trump com discurso duro para o mundo, que deve ter impacto sobre as moedas, nos juros e no câmbio”, constata Bresciani.