Sabatina de Gabriel Galípolo: como foram as votações dos últimos presidentes do Banco Central no Senado?

Confira como foram as aprovações de Arminio Fraga, Henrique Meirelles, Alexandre Tombini, Ilan Goldfajn e Roberto Campos Neto

Gabriel Galípolo, escolhido por Lula para ser o novo presidente do Banco Central. Fotos: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda
Gabriel Galípolo, escolhido por Lula para ser o novo presidente do Banco Central. Fotos: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Chegou ao Senado a mensagem de indicação do economista Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central. Escolhido pelo presidente Lula, ele vai substituir Roberto Campos Neto, que tem mandato até o fim deste ano.

Dessa maneira, Galípolo passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em data ainda a ser acertada com o governo. Se aprovado, o nome ainda precisa ser confirmado em votação no Plenário.

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Acima de tudo, as votações são secretas e o indicado deve conseguir a maioria dos votos.

Quem é Gabriel Galípolo?

Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele foi sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e sua indicação confirmada no Plenário do Senado no início do mês de julho do ano passado.

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Natural de São Paulo (SP), tem 42 anos e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda no início da gestão de Fernando Haddad.

Ele tem graduação e mestrado em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), já atuou como professor universitário (2006 a 2012) e foi presidente do Banco Fator (2017 a 2021).

O economista iniciou a sua carreira pública em 2007, quando José Serra (PSDB) tomou posse como governador de São Paulo.

Naquele ano, Galípolo chefiou a Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos. No ano seguinte, ele foi diretor da Unidade de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do estado de São Paulo.

Assim, Galípolo é visto como alguém com competência técnica para fazer a ponte entre o mercado e o governo.

Últimos presidentes do BC e as votações no Senado

Arminio Fraga

Foi indicado no início do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). A indicação de Arminio Fraga recebeu relatório favorável do ex-senador Ney Suassuna (PB).

Após uma sabatina que durou nove horas — com mais de 100 perguntas feitas por 39 senadores — o nome do economista foi aprovado por 21 a 6.

No Plenário, obteve 57 votos a favor e 20 contrários.

Fraga exerceu a presidência do Banco Central entre março de 1999 e janeiro de 2003.

Henrique Meirelles

Por um acordo entre PT e PSDB na transição de governo, Meirelles teve sua indicação assinada por Fernando Henrique Cardoso, na conclusão do seu mandato, em 2002.

Na CAE, Meirelles foi aprovado por 21 votos a 5.

Apesar das críticas que recebeu no Plenário por ter sido presidente internacional do Banco de Boston, o nome do economista foi aprovado por 39 a 12. Houve uma abstenção.

Ele chefiou o banco entre o final de 2002 e o começo de 2011.

Alexandre Tombini

Alexandre Tombini assumiu o Banco Central na gestão da presidente Dilma Rousseff (2011-2016).

Após três horas de sabatina na CAE, o nome do economista foi aprovado com folga: foram 22 votos a favor e apenas um contrário.

Já no Plenário, até parlamentares da oposição defenderam a aprovação do indicado, que conseguiu 37 votos a favor e 7 contrários.

Tombini chefiou o BC entre 2011 e 2016, quando deixou o cargo após uma crise econômica e política.

Ilan Goldfajn

O economista Ilan Goldfajn foi indicado para comandar o Banco Central durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Sua indicação partiu do vice-presidente Michel Temer, que depois assumiria o cargo de presidente em definitivo.

Goldfajn teve seu nome aprovado na CAE por 19 votos a 8. No Plenário, foram 56 votos a favor e 13 contrários.

Ele ficou no cargo até fevereiro de 2019, quando passou a presidência do BC para Campos Neto.

Roberto Campos Neto

O atual presidente do BC nasceu em 1969. Roberto de Oliveira Campos Neto graduou-se como bacharel em economia em 1993, concluindo o mestrado em economia em 1995, ambos na Universidade da Califórnia, Los Angeles.

Ele tem longa trajetória no sistema financeiro.

A autonomia operacional do Banco Central foi defendida por Roberto Campos Neto durante sua sabatina na CAE, no início de 2019, quando teve seu nome aprovado por unanimidade (26 votos).

No Plenário, ele obteve 55 votos a favor e 6 contrários.

Com informações da Agência Senado

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