Planejamento financeiro familiar: afinal, por onde começar?

Aprenda a colocar em prática essa ferramenta que ajuda a organizar as contas e realizar os sonhos da família

Veja como fazer o planejamento financeiro familiar em seis passos. Foto: Getty Images
Veja como fazer o planejamento financeiro familiar em seis passos. Foto: Getty Images

Falar sobre dinheiro em casa pode ser bem complicado quando a situação das finanças não anda lá muito boa. Afinal, segundo a última pesquisa da Febraban sobre a saúde financeira do brasileiros, 74% das pessoas disseram que gastam mais, ou o mesmo tanto do que ganham. Com isso, o resultado é que a maioria acaba ou se endividando para comprar o que precisa, ou se estressando quando toca no assunto.

Mas o orçamento doméstico não precisa ser sinônimo de encrenca: o segredo é fazer um bom planejamento financeiro familiar.

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Nesta reportagem, então, te convidamos a entender mais o que é, como funciona, e como colocar em prática essa ferramenta de organização financeira. As orientações são do Banco Central, Planejar, Itaú e Serasa Experian.

O que é planejamento financeiro familiar?

O planejamento financeiro familiar, então, é uma projeção de gastos e receitas de uma família. Seu principal objetivo, portanto, é entender o que entra e o que sai de dinheiro em casa. E também como o orçamento pode ser usado para melhorar a situação econômica da família.

Sendo assim, com o planejamento financeiro, é possível:

  • Identificar para onde o dinheiro está indo;
  • Analisar qual a melhor utilização deste valor;
  • Fazer eventuais cortes necessários;
  • Separar um valor para poupar;
  • Conquistar objetivos financeiros.

Como fazer um planejamento financeiro familiar

Desse modo, para fazer um orçamento pessoal ou familiar é necessário registrar tudo o que a família ganha e gasta durante um período. Geralmente, um mês é o suficiente para fazer um bom diagnóstico.

Nesse período, então, anote, de preferência diariamente, para evitar esquecimentos, todas as receitas
e despesas:

  1. Receitas: tudo que entra em forma de renda, como salário, pensão, trabalhos freelance, renda de aluguéis, investimento e outros.
  2. Gastos: despesas básicas e recorrentes, como alimentação, transporte, gastos com saúde, educação e lazer.

Para ficar mais fácil, confira este passo a passo a seguir.

6 dicas para fazer um planejamento financeiro familiar

1. Decida como o orçamento pessoal e familiar será dividido

De início, todos os moradores da casa devem se reunir para decidir como as despesas gerais serão divididas: se de forma igualitária, proporcional aos ganhos de cada um ou de um orçamento geral, em que todos cedem parte de seus rendimentos e ficam com uma porcentagem mensal para usar livremente.

2. Anote as despesas

Uma sugestão é dividir os gastos da seguinte maneira:

  • Essenciais: despesas fundamentais para a sobrevivência (aluguel, condomínio, transporte, alimentação, água, eletricidade);
  • Necessários: despesas que não são essenciais, mas são importantes para manter o padrão de vida da casa e de cada pessoa (academia, plano de saúde, mensalidade da escola dos filhos).;
  • Supérfluos: despesas de lazer e desejos de compra (restaurantes, vestuário, streaming de filmes, passeios).

Aliás, também é importante anotar todas as dívidas (pessoais e familiares), com o valor das parcelas, a taxa de juros e a data de vencimento e quitação total.

3. Some as fontes de renda

Depois dos gastos, vêm as fontes de receita (entrada de dinheiro). Portanto, é preciso entender de onde vêm os valores usados para pagar essas despesas e o quanto isso representa no orçamento.

Por isso, inclua:

  • Salários;
  • Renda extra;
  • Pensões em geral;
  • Rendimentos com aluguéis ou aplicações;
  • Bonificações e premiações esporádicas.

4. Preencha a planilha

O próximo passo, então, é registrar tudo numa planilha de gastos, que pode ser manual (em um caderno), de Excel ou de aplicativos. É preciso, no entanto, que ela esteja sempre em atualização.

Uma boa sugestão é usar a Planilha de Controle Financeiro da Inteligência Financeira. Além de gratuita, ela é super simples de ser usada. Basta baixar gratuitamente a planilha clicando aqui. 

5. Defina objetivos

Por fim, defina os objetivos de cada membro da família, assim como da família toda. Afinal, mesmo vivendo juntos e dividindo as despesas, cada indivíduo também tem seus projetos e desejos pessoais. Por exemplo, alguém pode desejar fazer um curso, enquanto um sonho da família pode ser juntar dinheiro para comprar uma casa própria.

Uma boa maneira é dividir estes objetivos por prazos:

  • Curto prazo: em até dois anos;
  • Médio prazo: entre três e cinco anos;
  • Longo prazo: em mais de cinco anos.

6. Comece a poupar

Finalmente chegou a hora de decidir quanto é possível poupar por mês para realizar os planos da família.

Então, calcule quanto os membros da família conseguem economizar cortando custos ou até obtendo uma renda extra fazendo trabalhos alternativos. A ideia, portanto, é que esse valor vá aumentando ao longo dos meses. Por isso, é importante sempre voltar à planilha para atualizar as informações.

Importante lembrar que o primeiro esforço de poupança deve ser sempre voltado para a formação de uma reserva de emergência. O valor da reserva deve ser o equivalente a 6 meses de despesas. Veja como fazer a sua reserva.

Aqui na Inteligência Financeira você encontra sugestões de onde investir desde R$ 200 por mês a quantias bem maiores. Essas dicas estão reunidas aqui.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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