Como se organizar financeiramente para 2025?

Há uma meta que não pode faltar no planejamento de ninguém; saiba qual é

Será que ainda dá tempo de se organizar financeiramente para 2025? - Foto: Getty Images

Faltam cerca de dois meses e meio para 2025 e muita gente já começa a pensar nas metas para o Ano Novo. Muitos desses objetivos, aliás, costumam estar ligados a metas financeiras. Alguns exemplos: conseguir sair do vermelho, iniciar os planos para a aposentadoria, comprar um carro ou até mesmo a casa própria.

As pessoas podem nem se dar conta, mas tudo isso está ligado a um planejamento financeiro eficiente. Antes de pensar em como atingir cada uma destas metas, portanto, o ponto inicial é saber como se organizar financeiramente para 2025.

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Para te ajudar nessa missão, conversamos com Paula Bazzo, planejadora financeira CFP pela Planejar, que explicou tintim por tintim como se organizar financeiramente de forma prática. Além disso, ela também contou qual é a meta de Ano Novo que ninguém deveria deixar de fora. Ficou curioso? Confira a seguir:

Como se organizar financeiramente para 2025?

Para Paula Bazzo, não existe melhor momento para fazer o planejamento financeiro que o agora. Afinal, como o planejamento financeiro é o processo de pensar estrategicamente sobre sua situação financeira, ele não deve ser visto como tendo um começo, meio e fim. Tampouco adianta se lamentar sobre o que foi feito — ou não foi feito — no passado.

“Se ficar esperando a virada do semestre, a virada do mês, a virada do ano para começar, vai acabar jogando sempre pra frente. Desse modo, acaba não realizando o que considero o mais poderoso do planejamento financeiro, que é quando você toma consciência da sua situação e se coloca em ação. Colocar-se em ação é o diferencial.”

Se ficar esperando a virada do semestre ou do ano, você vai acabar jogando pra frente. O melhor é colocar-se em ação agora”

Paula Bazzo, planejadora financeira

Por onde começar?

Mas como começar a se organizar financeiramente para 2025? O processo pode ser dividido em três grandes passos principais, diz Paula. São eles:  

1º passo: Faça um diagnóstico da sua situação financeira

O primeiro passo para se organizar financeiramente é fazer um diagnóstico de sua situação financeira atual. Para isso, então, será preciso fazer um balanço de quanto você tem de renda e também quais são as suas despesas mensais.

A recomendação é anotar, por um mês, em detalhes, todos os gastos e ganhos para fazer um retrato fiel da situação.

Não se esqueça de fazer um grande mapa das despesas anuais levando em consideração, por exemplo, pagamento de IPTU, IPVA, matrícula escolar, além das épocas em que tem festa de aniversário de filho, as viagens de férias, Páscoa, Dia das Crianças, Natal.

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2º passo: Defina objetivos

O segundo passo consiste em definir os objetivos que deseja alcançar. Ou seja, saber para onde quero ir, o que quero conquistar.

Coloque os sonhos no papel. Eu quero fazer uma viagem? Quero que meu filho vá para um intercâmbio? Quero fazer um MBA?

Pense também qual o custo de cada um deles e em quanto tempo deseja realizar cada sonho.

3º passo: Ajuste seu orçamento

Após fazer o diagnóstico e definir os objetivos, chegou a hora de ajustar o orçamento para se organizar financeiramente.

Com a criação de um orçamento mais detalhado, será possível revisar e cortar as despesas, para, dessa forma, destinar o dinheiro para realização dos objetivos definidos.

Lembre-se de que para que um orçamento financeiro dê certo, é preciso ser realista com a sua situação financeira. Se tiver dívidas, ter coragem de olhar para essas dívidas, descobrir qual o tamanho e o custo de cada uma delas.

“Tem que ter esta humildade de olhar para sua situação financeira e entender que aquilo que você está vivendo hoje é resultado de escolhas passadas, mas que é possível fazer novas escolhas e colher novos resultados no futuro”, diz.

Como acompanhar metas?

Feito o planejamento, chegou a hora de descobrir se a execução está correta. Desse modo, para saber se sua estratégia de realização está dando certo, Paula faz duas sugestões de como acompanhar as metas.

Estabeleça pontos de avaliação

A primeira sugestão da planejadora é determinar quais são os pontos de avaliação que vão te mostrar que a meta está evoluindo até finalmente ser realizada.

Ela cita, como exemplo, uma meta de viagem. Nesse caso, é possível estabelecer que, até maio, por exemplo, será preciso já ter juntar determinada quantia de dinheiro para a viagem. Em agosto, já deverá ter comprado a passagem. Em novembro, ter comprado os passeios. E assim por diante. Esses são pontos que permitem acompanhar as metas de forma realista.

Além de acompanhar, também é preciso corrigir a rota na medida que perceber que está se desviando dela, ou precisa fazer algum ajuste.

Celebre as vitórias

Paula também incentiva a celebrar as pequenas vitórias durante o processo. Se o objetivo leva muito tempo, como uma viagem que só será realizada daqui a quatro anos, a chance de desanimar no meio do caminho fica muito grande.

Ela sugere que, ao atingir determinado ponto de avaliação da meta, haja uma comemoração, como uma forma de lembrar que a meta está a caminho de ser atingida. No caso da viagem, essa celebração poderia ser, por exemplo, passar um fim de semana no interior

“Esses pequenos objetivos intermediários tornam mais leve o processo de atingir os objetivos maiores”, diz.

Qual deve ser o principal objetivo financeiro para 2025?

Mas, afinal, será que existe um objetivo financeiro que todo mundo deveria se esforçar em atingir para se organizar financeiramente em 2025? Na visão de Paula, sim.

“Se eu tivesse que eleger apenas um, sem dúvida, o principal objetivo financeiro para 2025 deveria ser construir uma reserva de emergência“, diz ela.

O motivo, afirma a planejadora, é que a reserva de emergência ameniza situações de adversidades financeiras, reduz estresses e ainda evita entrar em dívidas.

Divida o objetivo em partes menores

Idealmente, a reserva de emergência consiste em guardar seis meses do total das despesas em uma aplicação com liquidez imediata, como o Tesouro Selic ou CDB. Mas se não for possível guardar toda essa quantia de uma vez só, comece então com um objetivo menor, ensina Paula.

“Uma sugestão é se organizar para guardar o equivalente a um mês por ano. No ano que vem, guarde três meses. No outro, guarde seis meses. E assim sucessivamente progredindo na construção dessa reserva”, diz.

“Afinal, nem sempre temos os recursos para construir a reserva financeira de uma só vez. Mas se não for iniciada, nunca será conquistada.”

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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