Quer ter R$ 10 mil investidos até o fim do ano? Corre que ainda dá tempo

Sabe aquela promessa feita na virada do ano de começar a investir? Então, ela ainda pode ser cumprida

- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF
- Ilustração: Marcelo Andreguetti/IF

Um dia a pessoa acorda e percebe que metade do ano já foi. E, quando lembra que não colocou em prática a principal promessa feita a si mesma na virada – começar a investir – dá um pulo. O ano voou. E a mente mais ainda.

De acordo com um estudo da Universidade de Scranton, apenas 8% das metas estabelecidas na virada do ano são realmente atingidas.

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Como ainda estamos no início de julho, a boa notícia para os 92% que deixam os planos para lá é a de que temos, ainda, seis meses pela frente. E as projeções garantem que ainda dá tempo para colocar o investimento em dia.

Qual o primeiro passo para começar a investir?

A regra inicial é aquela que já bem conhecemos: estabelecer uma meta, que precisa ser colocada em prática com rigor, seja ela financeira ou não. Segundo o professor Vicente Falconi, especialista em gestão de empresas no Brasil, “ter um sonho não adianta nada. A meta tem que ter objetivo, valor e prazo”.

A Rico Investimentos sugere uma meta específica: juntar R$ 10 mil na conta até o dia 31 de dezembro de 2022 (se estiver dentro da sua realidade financeira). O projeto requer autodisciplina e a capacidade de superar maus hábitos.

Vamos supor que você já conseguiu fazer um “pé de meia” de R$ 10 mil para sua reserva de emergência, mas adiou seus investimentos para primeiro de janeiro de 2023. E vai começar a investir R$ 200 por mês, todos os meses, pelos próximos 30 anos a uma taxa (fictícia) de 1% ao mês. No final desse prazo, você terá R$ 1.058.489,24. É isso mesmo, você chegaria no seu primeiro milhão com apenas R$ 200 por mês, bem investidos.

Agora, se você começar 180 dias antes, você terá R$ 66.348,82 a mais do que no exemplo anterior, totalizando R$ 1.124.838,06.

Esse cálculo mostra o motivo pelo qual o investimento no período de seis meses faz diferença; e como é importante decidir e começar a investir agora, em vez de deixar para o ano que vem.

E como se planejar para investir?

Com a meta estabelecida, vamos falar sobre o planejamento. É importante saber com detalhe quais são os seus gastos mensais, os fixos e os variáveis. Com isso, já é possível mudar hábitos e cortar despesas. “Há gastos nocivos no orçamento. E podem ser os que fazem parte do nosso conforto. As pessoas precisam acordar e virar a ‘chave”, começar a investir”, afirma Luiz Felipe D’Avila, consultor financeiro e especialista em planejamento da Fintech Leve.

Entre os cortes que podem ser feitos estão os streamings e as compras realizadas por impulso, por conta dos anúncios que não param de aparecer nas redes sociais, por exemplo. Mesmo que não seja possível ter os R$ 10 mil investidos no último dia do ano, o importante é mudar hábitos. “O primeiro pagamento do mês é aquele que deve ser feito para nós mesmos. A proporção já é conhecida: 50% da renda para gastos fixos, 30% para os variáveis e 20% para investir”, lembra D’Avila.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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