Apenas 1 a cada 10 moradoras da periferia afirma estar satisfeita com a vida financeira, aponta Serasa
Pesquisa inédita revela os motivos pela falta interesse por educação financeira entre mulheres
A pesquisa “Finanças na Periferia”, realizada pela Serasa em parceria com o Instituto PiniOn, identificou que o interesse pelo tema educação financeira é menos comum entre as mulheres de regiões periféricas. De acordo com o levantamento, 44% delas afirmam se interessar e buscar sobre o assunto. Nos centros urbanos, o número sobe para 64%.
Segundo a pesquisa da Serasa, esse cenário ocorre, muito provavelmente, pela distância que as moradoras de periferias têm em relação ao tema.
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Assim, 34% dizem que não sabem nada ou sabem pouco sobre educação financeira.
Porém, nos centros urbanos, apenas 18% do público feminino faz a mesma afirmação.
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Dificuldade de acesso
Outro obstáculo é a maior dificuldade de acesso a ações educacionais online ou presenciais voltadas às finanças.
Portanto, 63% das moradoras de centros urbanos afirmam ter fácil alcance a esse tipo de conteúdo. Já entre o público feminino das periferias, a média é de apenas 36%.
O menor interesse por cursos de educação financeira também pode ser justificado pela dificuldade de compreensão do que é de fato educação financeira e por impedimentos econômicos. 46% das mulheres de periferias contam que gostariam de realizar um curso sobre o assunto. Entretanto, só 30% dizem estar dispostas a pagar por isso.
Nível de satisfação
A pesquisa da Serasa identificou ainda o nível de satisfação das brasileiras em relação às finanças pessoais.
Somente 1 em cada 10 moradoras de áreas periféricas (11%) afirma estar satisfeita. Além disso, 42% destacam que a situação atual está boa, mas pode melhorar.
Quase metade (47%) da população das periferias diz que a vida financeira tem sido um problema. O número cai para 31% entre as mulheres residentes de centros urbanos.
Metodologia
O conteúdo dessa pesquisa da Serasa faz parte da série “Serasa Comportamento”, ação mensal que divulga estudos e análises a respeito da relação que a população brasileira mantém com as finanças.
Foram entrevistados 2.549 brasileiros, entre homens e mulheres, acima de 18 anos, de todas as classes sociais e regiões do País. Para identificar os grupos, por sua vez, o estudo cruzou a classe social com o CEP dos respondentes, a fim de garantir a geolocalização. Aqui, a Serasa considerou as classes A e B como centros urbanos e as classes C, D e E como periferias.