Dinheiro: onde e como os brasileiros gastam?

Estudo realizado pelo Itaú Unibanco em parceria com a Rede mostra os setores com maior consumo no quarto trimestre de 2022 e as tendências para este ano

Estudo do Itaú Unibanco em parceria com a Rede apresenta como os brasileiros gastam dinheiro. - Ilustração: Inteligência Financeira

Aquela pergunta rápida: você sabe de que forma gastou o seu dinheiro no fim do ano passado? Difícil lembrar, a gente sabe. Mas um estudo apresentado trimestralmente pelo Itaú Unibanco (ITUB3, ITUB4), em parceria com a Rede – empresa de meios de pagamentos do banco – traz um panorama de onde e como os brasileiros gastam dinheiro.

Chamado de “Análise do Comportamento de Consumo”, o relatório, que é feito a partir das compras realizadas com cartões do Itaú Unibanco, nas vendas realizadas nos sistemas da Rede, apontou que o Pix vem se consolidando como meio de pagamento à vista.

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Tanto que, de acordo com o estudo, no quarto trimestre de 2022 o Pix teve um aumento de 83% em valor transacionado, que são os gastos em compras em valor monetário, no comparativo com o mesmo período de 2021.

“O Pix foi bastante incentivado pelo varejo por meio, por exemplo, de descontos em pagamentos feitos com esta transação”, aponta Mario Miguel, diretor de cartões do Itaú Unibanco.

E o crédito e o débito?

Estes também tiveram avanço, segundo o relatório. Mas não tão expressivo quanto o Pix. Desse modo, na comparação entre o quarto trimestre do ano passado e de 2021, o crédito teve um aumento de 16% em valor transacionado e o débito obteve um crescimento de 6%.

Compras online

Aliás, outro avanço identificado pelo estudo foi o de compras virtuais, com crescimento de 41% no quatro trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período de 2021. O que não poderia ser diferente, afinal de contas, mesmo pós-pandemia, os brasileiros entenderam a facilidade de adquirir produtos por meio de e-commerce.

E mais: os brasileiros aprenderam também sobre segurança durante as compras online. Afinal de contas, no comparativo entre o quatro trimestre do ano passado com 2021, o relatório apresentou que houve um aumento de 86% nos pagamentos feitos com cartão virtual.

Mas as compras físicas, ou seja, aquelas realizadas diretamente nos estabelecimentos, também tiveram um crescimento, mesmo que tímido, de 10%.

Dessa forma, neste mesmo contexto, vale destacar que o volume de compras feitas por meio do sistema de aproximação do cartão – ou da carteira digital – na maquininha, teve uma alta de 125% no comparativo com os últimos três meses de 2021.

Então, entre os estabelecimentos nos quais esse recurso é mais utilizado estão:

  • Supermercados (representando 16% do share total);
  • Fastfoods (9%);
  • Restaurantes (8%);
  • Lojas de conveniências (8%);
  • Postos de combustíveis (7%).

Avanço do consumo por setores

Desse modo, ao longo dos últimos três meses do ano passado, os brasileiros decidiram gastar mais dinheiro em alguns setores. O relatório apontou quais segmentos são estes.

Categoria% 4T22 X 4T21Inflação do período
Cultura, Lazer e Esporte+43%10,6%
Turismo+38%10,6%
Atacadistas+37%5,8%
Veículos+36%12,1%
Locomoção e transporte+33%8,7%
Educação+31%7,5%
Alimentação+28%7,5%
Tecnologia+22%2,4%
Saúde+17%11,4%
Fonte: Relatório “Análise do Comportamento de Consumo” (Itaú Unibanco / Rede)

E quais são as tendências de consumo para 2023?

Portanto, com base nos segmentos que se destacaram no quatro trimestre de 2022, a pesquisa “Análise do Comportamento de Consumo” apontou também algumas possíveis tendências de consumo para este ano. Entre eles estão o setor de:

  • Sustentabilidade (gastos com energia solar, captação e reutilização de água da chuva e gás natural);
  • Vida saudável (Cuidados com o corpo, matrículas em academias, crossfit e a compra de suplementos alimentares);
  • Turismo (vista às praias e parques aquáticos são os mais procurados pelos brasileiros);
  • Cuidados com os pets (aqui o destaque fica para gastos com creches e hotéis para animais de estimação).

“A tendência, portanto, é que estes segmentos continuem crescendo pelo menos nos primeiros três meses de 2023”, afirma Mario Miguel.

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