Itaú Unibanco orienta investidor a aumentar exposição em bolsa de valores no Brasil

Banco recomenda aumentar exposição à bolsa de valores brasileira pela primeira vez em três anos, pois ações 'ainda estão baratas'

Nicholas McCarthy, CIO do Itaú Unibanco. Foto: Helton Nobrega/Divulgação
Nicholas McCarthy, CIO do Itaú Unibanco. Foto: Helton Nobrega/Divulgação

A equipe de estratégia do Itaú Unibanco passou a recomendar o aumento de exposição à bolsa de valores do Brasil. De acordo com Nicholas McCarthy, executivo-chefe de investimentos do Itaú Unibanco, a visão para os ativos brasileiros é de “otimismo”. A última vez em que o banco recomendou o aumento de exposição do investidor à bolsa de valores foi em março de 2020, antes da pandemia.

Na visão dos estrategistas do Itaú Unibanco, o cenário é positivo para investir em ações. Isso porque, segundo os analistas, o principal índice da bolsa, o Ibovespa, pode dar uma “segunda pernada”. Em outras palavras, as ações estão sendo negociadas com preço descontado. E, portanto, as ações devem valorizar.

Ações que podem subir até 40% em um ano: inscreva-se para conferir empresas onde analistas enxergam oportunidade de alta na Bolsa brasileira.

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Quando os analistas dizem que a ação está descontada, significa que eles entendem haver fatores que justificam que a cotação de uma empresa está abaixo do que os seus indicadores econômicos evidenciam. Logo, a ação tem chance de subir. Em outras palavras, o preço nominal da ação não está refletindo o valor real.

“Mesmo com a pandemia e a guerra na Ucrânia, os ativos estavam baratos. A perspectiva das empresas lucrarem melhorou (desde 2021)”, diz McCarthy. Em linhas gerais, as empresas tendem a ter um lucro maior porque a economia melhorou. Vale destacar que, neste ano, o Ibovespa sobe 7,36%.

Melhora de “cenário Brasil” dá fôlego para bolsa, diz Itaú

Conforme a explicação de McCarthy e da economista-chefe do time de Estratégia de Investimentos do Itaú, Gina Baccelli, o aumento de exposição à bolsa vem após uma melhora do cenário econômico no Brasil. Ambos os executivos apontam a tramitação da reforma tributária, os cortes de juros pelo Banco Central e as surpresas do PIB trimestral como combustíveis para impulsionar a renda variável.

“Temos errado para baixo (subestimado) o crescimento do PIB brasileiro, o que é uma notícia boa. A discussão da reforma tributária e o cenário internacional também são favoráveis”, afirma Gina.

A equipe liderada por Gina indicava manter posição neutra em bolsa doméstica e agora recomenda aposição acima de neutra (+1, em uma escala que vai de -3 a +3). A fatia foi elevada para 9,3% na carteira do perfil de investidor conservador que compra ações, 18,7% na carteira do perfil moderado e 21,8% na carteira do perfil de investidor arrojado.

Para o Itaú BBA, bolsa ainda tem 30% de desconto

McCarthy nota, ainda, que o Ibovespa continua barato e que a bolsa “ainda não deu sua maior pernada”. O executivo-chefe de investimentos do Itaú Unibanco diz que o principal índice da bolsa de valores brasileira apresenta um desconto de 30% em relação a média histórica.

Para ele, talvez o ciclo de corte da taxa Selic, pelo Banco Central, seja em um ritmo “menor do que o esperado” pelo mercado brasileiro. Ainda assim, investir na bolsa, antes que os preços dos papéis subam, é uma boa estratégia no atual cenário, diz McCarthy.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS