Como o Itaú BBA escolheu essas 5 ações para investir ainda em novembro?

Especialistas explicam as razões para negociar Cyrela, Nubank, Prio, Sabesp e Vibra Energia

Para analista do Itaú BBA, investir no Ibovespa não é bom negócio neste momento. Foto: Freepik

Para os que buscam saber como investir em ações, Victor Natal, estrategista do Itaú BBA, não recomenda hoje o investimento no Ibovespa. “Não é um bom negócio. O que a gente precisa fazer? stock picking [escolha de ações]. Abrir o Ibovespa e entender que lá tem empresas boas, empresas ruins, empresas que devem melhorar de situação e empresas que devem piorar de situação”, disse o executivo durante o evento “2024: o seu ano de ir além”, promovido pelo íon nesta terça-feira (7).

De acordo com o especialista, o grande nó para o mercado de ações brasileiro não tem tanto a ver com o Brasil. Ele explica que os juros nos Estados Unidos seguem sendo uma pedra no sapato de um crescimento acelerado da bolsa. “Enquanto tivermos a taxa de longo prazo americana tão alta, teremos dificuldades na bolsa de valores brasileira”, diz Natal.

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Mas então, como investir em ações de uma maneira eficaz e com bom potencial de rentabilidade? Durante o debate, foi apresentado o racional que baseia a escolha das cinco ações que compõem a Carteira Top 5, oferecida pelo banco aos clientes. A mais recente novidade foi a inclusão do Nubank (ROXO34), que passou a ocupar o espaço antes reservado para a B3 (B3SA3).

Completam a carteira recomendada: Prio (PRIO3), Vibra Energia (VBBR3), Sabesp (SBSP3) e Cyrela (CYRE3). Todas com 20% de peso

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Como investir em ações por bons resultados em novembro?

Victor Natal, André Dibe e e Eric de Mello, do time de equity research do Itaú BBA explicaram as razões para a composição da carteira. Dessa maneira, explicam que a fórmula é, em apenas cinco posições, ter participação no setor financeiro, em commodities e exposição ao mercado local. Portanto, dão os guias para as decisões da instituição que podem ser usados nas suas estratégias de como investir em ações.

Nubank (ROXO34)

A saída da B3 refletiu um menor otimismo com a entrada de capital no mercado de ações, com os juros nos Estados Unidos e a alta dos Treasuries, os títulos do Tesouro americano. “Com essa redução do fluxo no mercado brasileiro, as nossas estimativas para B3 não são mais tão positivas”, afirma o BBA em comunicado de 25 de outubro.

Mas por que o Nubank? “A gente acha que o Nubank surpreendeu o mercado como um todo”, diz Victor Natal.

“Estávamos preocupados com a inadimplência, porque é um banco muito focado em cartão de crédito, em um empréstimo sem um colateral, como um financiamento que o banco pode tomar o carro”, introduz o especialista, explicando que foi nisso que a empresa surpreendeu positivamente. “Mas eles souberam lidar com isso muito bem e estão mostrando um operacional bem consolidado”, diz.

Prio (PRIO3) e Vibra Energia (VBBR3)

O setor de óleo e gás é considerado bastante promissor para o médio prazo. Eric de Mello cita as perspectivas para o preço do petróleo se mantendo em alta com os cortes de produção pela Rússia e pela Opep.

“Quando vemos o setor de modo geral temos um preço atrativo, o volume aumentando para o ano que vem em uma indústria em que o custo é fixo. Quando temos a receita aumentada e o custo de modo estável, isso é margem na veia para essas companhias. Se elas não reinvestirem comprando novos campos ou fazendo novos projetos para extrair mais petróleo você tem uma geração de caixa muito relevante”, diz Eric.

Sabesp (SBSP3)

A perspectiva de privatização da estatal de água de São Paulo, como deseja o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), motiva o investimento na ação. “

“Em Sabesp, a tese é clara, que é uma tese de privatização, a gente acredita que ele acontece, entre dezembro e o final do primeiro trimestre”, diz Victor Natal. O estrategista de ações diz, que de toda forma, vindo ou não a venda, “a gente acha que tem um ganho de produtividade para vir em Sabesp“.

Cyrela (CYRE3)

A Cyrela é a escolha para a exposição ao mercado doméstico. Para os especialistas, trata-se de uma rara combinação entre um cenário macro positivo com um “micro” também jogando a favor, dadas as boas condições operacionais da empresa.

“O setor a gente costuma dizer que é bom para captuar inflaxão macro, porque ele é duplamente alavancado no juro. Você em esse aspecto do juro de longo prazo, que afeta diretamente, mas para o setor de médio padrão pega também na demanda, porque a capacidade de compra do cliente é afetada pela taxa de financiamento imobiliário”, explica André Dibe.

“Cyrela tem muito pela parte técnica. Não são todas que tem market elevado e tanta liquidez. Quando a gente fala com investidor institucional, ele ainda não tem, então você tem espaço para adicionar ao portfólio, o que naturalmente faria que as ações fossem bem. Mas a Cyrela tem um gap operacional para os pares, em lançamentos, vendas, VSO (venda sobre oferta) e estoques”, completa.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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