Bitcoin em alta: fundo do poço ficou para trás?
Maior das criptomoedas atingiu o patamar de US$ 22 mil
As principais criptomoedas seguem nesta terça no maior patamar em mais de um mês com a melhora no apetite por risco no mercado acionário dos EUA, conforme diminui a preocupação com um aperto de juros ainda mais acelerado e saem os resultados corporativos das empresas no segundo trimestre.
Maior das criptomoedas, o bitcoin chegou próximo de US$ 23 mil nas negociações da Ásia, com os investidores do segmento se questionando se o pior momento do inverno cripto já teria ficado para trás. O conjunto de criptomoedas segue com valor de mercado acima de US$ 1 trilhão pelo segundo dia consecutivo.
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Perto das 8h50 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 22.189,39, com leve alta de 0,2% nas últimas 24 horas. Já o ether, moeda digital da rede ethereum, era cotado a US$ 1.552,12, com ganho de 4,7% nas últimas 24 horas e de 41,9% nos últimos sete dias. Em reais, o bitcoin valia R$ 120.959,31 (alta de 0,96%) e o ether, R$ 8.477,93 (alta de 2,36), segundo o MB.
A segunda maior moeda digital segue ampliando a recuperação desde sexta, quando foi anunciada a data de sua atualização e um novo teste bem-sucedido do protocolo.
Para André Franco, chefe de análise do MB, ainda é cedo para dizer que as principais criptomoedas entraram em uma fase de recuperação sustentada.
“Ontem tivemos a segunda maior alta dos últimos 30 dias no bitcoin, de quase 8%. No entanto, hoje o bitcoin começa o dia em baixa e caminha para mais um dia que se alinha com a nossa tão falada lateralidade. Se o passado funcionar como um guia, ainda temos cinco a 11 meses desse cenário, até uma definição melhor do preço”, disse.
Para ele, no entanto, os dados on-chain mostram que o investidor de longo prazo (LTH) continua acumulando bitcoins no mesmo ritmo do início do ano, o que é uma notícia boa por aumentar as expectativas de uma alta.
Segundo Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset Management, o preço do bitcoin está se aproximando da parte de cima da zona de consolidação que foi formada nas últimas cinco semanas, e que tem como limite superior os US$ 22.500. Para os próximos dias e semanas, Ferreira diz que dados que demonstrem um recuo da inflação nos EUA e que indiquem melhora no ambiente macro serão positivos para a continuidade da recuperação do preço dos criptoativos.