Por que investir na Copel (CPLE6) agora? Pela promessa de dividendos, apontam bancos
Itaú BBA, Goldman Sachs, UBS BB e BTG avaliam que a Copel tem potencial para entregar altos rendimentos de dividendos nos próximos anos
O Itaú BBA avaliou os anúncios da Copel (CPLE6) de recompra de ações, distribuição de dividendos e venda de ativos como positivos e reforçou a classificação de compra. A instituição observa que os papéis da empresa têm sido negociados com uma taxa interna de retorno (TIR) real atrativa, em 12,6%, com baixos riscos de execução e potencial para entregar altos rendimentos de dividendos nos próximos anos.
Então, o banco também espera que a Copel anuncie uma nova política de dividendos até março de 2025.
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Na última segunda-feira (25), a Copel publicou três comunicados: a criação do seu primeiro programa de recompra de ações; o pagamento extraordinário de juros sobre capital próprio (JCP) totalizando R$ 600 milhões e a venda de pequenas centrais hidrelétricas, o que representa um montante de R$ 450,5 milhões a serem recebidos pela empresa.
Para o Itaú BBA, estas medidas são importantes para desbloquear valor para a empresa e seus acionistas, otimizar a estrutura de capital e aumentar o rendimento dos dividendos da empresa.
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Considerando a distribuição (payout) de 50% sobre o lucro líquido estimado para 2024 e incluindo a distribuição extraordinária de JCP, a instituição financeira vê espaço para a Copel pagar em torno de 7% a 8% de rendimento dos dividendos relacionados aos resultados de 2024.
Com base nestas estimativas, o banco mantém a recomendação de compra dos papéis CPLE6, com preço alvo projetado em R$ 13,30.
Aumento de dividendos
Durante sua apresentação e reuniões com investidores nesta terça-feira, a Copel reforçou a visão do Goldman Sachs de que a Copel está pronta para aumentar a remuneração dos acionistas, com dividendos e recompras, mas sem perder de vista a seletividade em oportunidades de crescimento.
“Reiteramos a Copel como uma de nossas principais opções entre as empresas de serviços públicos”, informou o banco em relatório assinado por Bruno Amorim, Guilherme Bosso e Guilherme Costa Martins.
Os analistas mencionam que a empresa tem atualmente uma combinação de gestão sólida, balanço equilibrado, avaliação atraente (com taxa de retorno ao redor de 13%) e dividendos crescentes.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 12,90.
Dividendos extraordinários da Copel
O conjunto recente de anúncios da Copel favorecem a empresa como investimento, avalia o UBS BB. O desembolso de R$ 600 milhões de juros sobre capital, a recompra de 10% das ações em circulação e a venda de pequenas hidrelétricas no valor de R$ 450 milhões são fatores positivos.
Os analistas do banco mencionam o retorno do dividendo de aproximadamente 2,2% e o fato de o valor não incluir as vendas da Compagas e da Usina Santa Clara (UEGA). “Esperamos que os desinvestimentos se traduzam em dividendos extraordinários.”
O UBS BB tem recomendação de compra para CPLE6, com preço-alvo de R$ 13,00.
Perspectivas positivas
A Copel transmitiu um tom positivo ao apresentar as principais conquistas desde a privatização e o detalhamento da segunda fase de seu plano estratégico que vai de 2025 a 2026, comenta a equipe de analistas do BTG em relatório.
Segundo a corretora, o investimento da Copel está se tornando mais fácil de entender e menos arriscado, refletindo a evolução da estratégia da empresa.
Essa visão é corroborada pelos recentes anúncios como o programa de recompra de ações calculado em cerca de R$ 3 bilhões, o pagamento de juros sobre capital de R$ 600 milhões e a distribuição total dos ganhos dos desinvestimentos da Usina Santa Clara e da Compagas, que devem render, segundo o BTG, R$ 2,2 bilhões em 2024, com um retorno de 7,4%.
Os analistas citam ainda que a venda de centrais hidrelétricas por R$ 450 milhões se alinha com a meta da empresa de otimizar ativos e alcançar 100% de capacidade de geração renovável. A previsão de economia com despesas até 2026, calculada em R$ 570 milhões representa, segundo os analistas, 20% da base de custos antes da privatização.
O relatório assinado pelos analistas Antonio Junqueira, Gisele Guishiken e Maria Resende menciona ainda que apesar dos atrasos, a Copel continua otimista ao próximo leilão de capacidade de reserva e espera ser altamente competitiva com seu projeto Foz do Areia.
A empresa confia que as regras do leilão incluirão um produto específico para usinas hidrelétricas e que o leilão poderia ocorrer no dia 25 de março.
O BTG tem recomendação de compra para as ações da Copel, com preço-alvo de R$ 15,00 em 12 meses.
Com informações do Valor Econômico