Tesouro IPCA+ ou Tesouro Selic: qual a maior rentabilidade do momento? 

Saiba qual dos títulos rendeu mais nos últimos 12 meses e o que considerar antes de investir

Títulos que há um ano chegaram a ser negociados com até 4% de prêmio já operam perto de 0%. (Foto: Getty Images)
Títulos que há um ano chegaram a ser negociados com até 4% de prêmio já operam perto de 0%. (Foto: Getty Images)

A dúvida entre investir no Tesouro IPCA+ ou Tesouro Selic é comum quando falamos de títulos públicos. Isso porque cada ativo tem suas características, prazos e tipos de rentabilidade. A escolha, portanto, depende do atual momento da economia, dos objetivos do investidor e outros fatores.  

O que é o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Selic? 

Grazzielle Feilstrecker, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, explica que o Tesouro Selic é um título pós-fixado que segue a taxa Selic. “Esse título acompanha de perto a taxa básica de juros, sendo considerado mais seguro em termos de rendimento, com menor volatilidade”. 

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Já o Tesouro IPCA+ com juros semestrais é um título que combina uma taxa fixa com a variação da inflação (IPCA). “Ele garante um ganho real acima da inflação, sendo ideal para preservar o poder de compra no médio e longo prazo. No entanto, seu preço pode oscilar dependendo das expectativas de mercado sobre a inflação e os juros futuros”, ressalta a especialista. 

Qual rende mais? 

De acordo com Grazzielle, o Tesouro Selic apresenta, no momento, um rendimento maior do que o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026. “Conforme dados do site do Tesouro Direto, nos últimos 12 meses, o Tesouro Selic 2025 rendeu 11,23% ao ano, enquanto o Tesouro IPCA+ com juros semestrais 2026 rendeu 7,25% ao ano”.  

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Segundo a especialista, o Tesouro Selic rendeu mais por conta de sua correlação direta com a taxa Selic, que está elevada em 10,50% ao ano e pode ser que aumente um pouco mais na próxima reunião do Copom. “Esse título se beneficia diretamente dessa taxa, resultando em um rendimento superior”. 

Em contraste, o Tesouro IPCA+, que é atrelado à inflação (IPCA), teve um desempenho inferior pois a inflação se manteve controlada em torno de 4,5% nos últimos 12 meses. “Embora o Tesouro IPCA+ ofereça uma taxa fixa adicional para compensar a inflação, o rendimento total do título foi menor do que o do Tesouro Selic, dado o cenário atual de taxas de juros elevadas”, explica Grazzielle. 

Qual o melhor investimento no Tesouro Direto atualmente? 

Na visão da especialista, a decisão depende do horizonte do investidor. “Se a necessidade de utilização do recurso for de curto prazo, o Tesouro Selic é a melhor escolha, oferecendo segurança, liquidez e um bom rendimento em um cenário de juros altos. Se o investidor possui um horizonte de médio e longo prazo, o Tesouro IPCA+ é mais indicado para quem deseja proteção contra a inflação e visa preservar o poder de compra no futuro”.  

Felipe Arend, head de renda fixa da Faz Capital, também destaca que os dois títulos têm objetivos bem diferentes dentro de um portfólio. “Quando falamos de Tesouro Selic, que é um título pós-fixado e que vai seguir a taxa básica de juros, o cliente consegue ter uma liquidez diária para uma reserva de emergência sem uma oscilação de preços muito relevante. E isso mesmo que eventualmente os juros aumentem”, explica.

Já o Tesouro IPCA+, de acordo com Felipe, não é o ideal para compor uma parcela de liquidez da carteira. “Vários perfis de investidores conseguem ter um papel que se enquadre em sua carteira. Quanto mais longo o título, mais oscilação ele vai ter na carteira. São títulos diferentes para objetivos diferentes”.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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