Investir em CDB em 2025 é um bom negócio?
Pré ou pós-fixado, longo ou curto: saiba o que levar em conta na hora de montar sua carteira
Investir em CDB em 2025 é um bom negócio? De acordo com os especialistas ouvidos pela Inteligência Financeira, sim. Mas não há uma grande diferença neste ano, nem nos prós nem nos contras, em comparação com 2024.
“O CDB continua sendo uma escolha habitual nas carteiras de investimento, especialmente dentro de uma estratégia de diversificação”, afirma Daiane Gubert, head de assessoria de investimentos da Melver. Uma vez que, a depender do título, é possível combinar bons indicadores de retorno e liquidez com baixo risco.
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O CDB, sigla para Certificado de Depósito Bancário, é um título de renda fixa emitido por bancos. Na prática ao investir em CDB é como se você “emprestasse” seu dinheiro para as instituições financeiras, que usam esse recurso para emprestar aos seus clientes e financiar as suas atividades. Para entender mais sobre o funcionamento do produto, acesse o e-book “O segredo do CDB”, da Inteligência Financeira.
Contudo, apesar de o CDB ser um produto coringa que se encaixa em qualquer carteira, o segredo está em saber qual é o título que faz mais sentido em cada momento e em cada estratégia. “O que realmente impacta considerando a situação do ano é essa escolha entre prefixado, pós-fixado ou híbrida”, diz Vítor Oliveira, sócio da One Investimentos.
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Na primeira opção, a rentabilidade prefixada é definida exatamente no momento da aplicação e permanece fixa ao longo do período de investimento. Por outro lado, no título pós-fixado o rendimento acompanha um indicador, geralmente um percentual do CDI, que segue a Selic. Por fim, há o título híbrido, que rende uma combinação da inflação medida pelo IPCA com uma taxa prefixada.
Investir em CDB em 2025: qual é o melhor título hoje?
De acordo com os especialistas, não há uma resposta única. Para Vítor Oliveira, da One, hoje o ponto-chave será o prazo. Com a perspectiva da taxa Selic alta e continuando a subir, um investimento com horizonte de até três anos favoreceria o título pós-fixado.
“Por outro lado, se for um CDB pré ou IPCA+ o interessante é alongar. Estamos vendo títulos pra 2029 ou para 2030 com taxas prefixadas na casa de 16% ao ano. É uma taxa boa por um longo período”, afirma Oliveira, da One.
A grande questão das taxas prefixadas é que seu título pode ganhar ou perder valor no curto prazo a depender do rumo da Selic. Portanto, como a perspectiva é de alta nos juros, o título pode perder valor nos primeiros anos, o que justifica priorizar esse investimento em caso de um prazo mais longo.
Contudo, Daiane Gubert, da Melver, recomenda que não se alongue demasiadamente “para não ficar refém de manter uma determinada taxa por muito tempo”. A especialista recomenda os títulos IPCA+. “Ter CDBs IPCA+ e pós-fixados pode ser a combinação ideal para equilibrar o risco e o retorno do portfólio”, diz.
Ou seja, a carteira ideal não tem um único título, mas uma combinação de títulos de acordo com modalidades, prazos e estratégias. Um ponto importante é ter ideia que títulos com taxas mais elevadas também possuem um patamar mais elevado de risco. Há a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Contudo, o FGC assegura de aplicações de até R$ 250 mil.