Mais da metade dos brasileiros diz que não sobra dinheiro para investir
Entre os que já investem, as aplicações mais comuns são poupança (45%), CDB (36%), saldo em conta com rendimento (29%), criptomoedas (21%), fundos de investimento (21%), Tesouro Direto (20%) e ações (20%)
Pesquisa encomendada pelo Mercado Pago aponta que, dos brasileiros que não investem, o principal motivo, apontado por 54% dos entrevistados, é porque não sobra dinheiro no fim do mês para aplicar. Na sequência aparecem outros motivos, como: ainda estou me planejando para começar a investir (21%), não sei por onde começar (15%), acho complicado/difícil (12%) e não tenho tempo (7%).
A pesquisa foi encomendada pelo Mercado Pago ao Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) para entender melhor a relação do brasileiro com o dinheiro em meio às comemorações dos 30 anos do Plano Real.
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Quando questionados qual é a possibilidade de investimento no mês, dada a renda e a média de gastos, 15% dizem que não conseguem investir nada; 20,1% afirmam conseguir aplicar até R$ 50; outros 24,9% separam até R$ 100; 16%, até R$ 500; 8,5%, até R$ 1 mil; 5,2% até R$ 2 mil; 2,6% até R$ 5 mil; e 0,6% acima de R$ 5 mil.
Entre os que já investem, as aplicações mais comuns são poupança (45%), CDB (36%), saldo em conta com rendimento (29%), criptomoedas (21%), fundos de investimento (21%), Tesouro Direto (20%) e ações (20%).
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Segundo o vice-presidente de banco digital do Mercado Pago no Brasil, Ignácio Estivariz, o Plano Real foi o primeiro passo na jornada de inclusão financeiras dos brasileiros e agora, com o avanço dessa trajetória, as pessoas estão começando a entender melhor a importância de investir.
“A poupança segue sendo a opção mais conhecida, mas outras possibilidades, como a conta remunerada, também estão ganhando espaço. A pesquisa mostra que para a maioria das pessoas não sobra dinheiro no fim do mês, mas o dinheiro fica um tempo na conta, uma ou duas semanas, então elas poderiam de alguma forma colocar isso para ter algum rendimento”.
Iasminny Cruz, gerente de pesquisa e inteligência do IBPAD, aponta que dados sugerem que o dinheiro fica menos tempo parado na conta de mulheres, o que indica que muitas são provedoras da casa. “Elas começam a investir no mesmo patamar dos homens, mas depois não conseguem manter esse ritmo.” Segundo o levantamento, entre os investidores, 58% são homens e 42%, mulheres.
O Mercado Pago tinha 49 milhões de usuários mensais ativos no primeiro trimestre, considerando os três países onde opera (Brasil, Argentina e México). Os ativos sob gestão atingiram US$ 5,533 bilhões, com alta anual de 90%.
Com informações do Valor Econômico