Você sabe o que é ‘Matopiba’? Valorização de terras na região joga a favor da SLC Agrícola

Valorização da região que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia foi tema de debate em evento do Santander

Colheita de soja. Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo
Colheita de soja. Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo

O aumento da produtividade do agro brasileiro não traz resultados apenas na balança comercial, com crescimento das exportações. As empresas do setor que operam na bolsa têm se beneficiado da valorização das terras em regiões ascendentes na produção de commodities agrárias. A SLC por exemplo tem se beneficiado da valorização das terras em Matopiba, “uma região que valorizou, mas ainda está mais baixo que no Sul e Sudeste”, avalia Aurelio Pavinato, CEO da SLC Agrícola, em evento do Santander em São Paulo nesta quarta-feira (28).

O que é Matopiba?

Trata-se de um acrônimo para a região que se estende por territórios de quatro estados do Brasil: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Leia mais sobre a região aqui.

Principais culturas: soja, milho e algodão

Hoje, Matopiba responde por aproximadamente 10% da produção brasileira de grãos e fibras. As principais culturas são soja, milho e algodão, as quais propiciaram à SLC não apenas ganhos com valorização fundiária, mas também atravessar de maneira menos traumática as intempéries, como quebras de safras.

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Houve quebra de safra no Centro-oeste e a região mais afetada foi o de Mato Grosso. A SLC chegou a perder 17% da produção de soja, mas parte disso foi reposta pela alta produtividade do algodão.

Assim, segundo Pavinato, os ganhos com a valorização das terras em Matopiba devem se avolumar nos próximos anos.

“As terras produtivas do serrado deverão valer 20 mil a 25 mil dólares por hectare, preços semelhantes ao das áreas mais produtivas. Hoje, vale de 8 a 10 mil dólares por hectare”, analisa.

Dessa maneira, para o executivo, “ainda tem espaço para valorização imobiliária no Cerrado, ainda não está madura”.

Então, esse otimismo está relacionado à melhora das malhas ferroviárias e rodoviárias, bem como a redução no preço do frete para a produção da região centro-oeste, mais elevados que os praticados na região Sul.

“A tendência é reduzir esse preço com os ganhos com infraestrutura ao longo dos anos e isso vai se transferir para o valor imobiliário”, complementa Pavinato.

Além do centro do país, Pavinato olha para a evolução do Nordeste. Mais especificamente para a Bahia, com o estado fazendo parceria com centros de pesquisa internacionais, como a Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, para melhorar a produtividade da terra, principalmente com iniciativas de irrigação.

“É uma das poucas regiões que não faziam duas safras e agora está fazendo”, destaca Pavinato, que também aponta o potencial de valorização fundiária da região, que tem terras mais baratas que o Centro-Oeste.

3Tentos

Então, no caso da 3Tentos, as apostas são altas na região do Vale do Araguaia.

“Solo e clima são características muito importantes nessa região.”, diz Luiz Osório Dumoncel, CEO da empresa.

Além das questões naturais da região, ele destaca a industrialização da região, com o processamento de etanol e farelo ambos com base no milho.

“Estamos muito otimistas com a região, com produtores transformando áreas de pastagem em agricultura”, destaca Dumoncel.

O executivo destaca a intenção da companhia de reverter áreas da pecuária em plantio como iniciativa de valorização mobiliária e aumento da produtividade. Ele fala principalmente da região do Vale do Araguaia no Pará, onde a degradação é apontada por ele como ponto de atenção, além da alta dedicação do estado para pastagem.

A proposta é aumentar a área disponível para agricultura “Estamos muito otimistas com a região, com produtores transformando áreas de pastagem em agricultura, com condição de ter variação de cultura”, acrescenta.

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